Botafogo 2 x 1 grenás: Esperança e emoção

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Foi uma noite muito especial, porque uniu dois sentimentos muito fortes, mas que raramente andam juntos nos últimos tempos alvinegros: emoção e esperança.

A esperança é que, na Série B, o Botafogo consiga impor o seu ritmo de jogo como fez ao longo de todo o primeiro tempo contra os grenás, em especial nos primeiros 30 minutos – pressão, seriedade, raça, objetividade, movimentação ofensiva, dois gols, graças às boas atuações individuais de Fernandes, Gilberto e Arão. E mandando na partida, como deve fazer ao jogar em casa, sem se importar com o adversário que vai enfrentar.

A emoção foi a de Renan, tão criticado, inclusive aqui mesmo nesse blog, por não demonstrar confiança em jogos decisivos. Depois de um período no ano passado em que ficou afastado até do banco de reservas, tentando ser negociado, o reserva de Jefferson ganhou a chance com a operação do joelho do nosso maior ídolo. E, enfim, a Estrela brilhou no peito de Renan. Duas defesas nas penalidades, e ainda sacramentar a classificação com os pés em uma cobrança certeira, é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito, dentro do coração.

Parabéns, Renan, você merecia essa redenção.

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Parabéns, alvinegros. Nós merecíamos um triunfo com muita emoção, em cima de um rival que só se destaca mesmo no tapetão. Que venha a final, agora com a esperança de que o time pode se consolidar para disputar a Série B.

PS: Alguém viu a bola da cobrança do Cavalieri passando pela janela?

PS II: Fred ficou gritando que o Carioca tinha que acabar. Cavalieri e Renan atenderam ao desejo do ídolo grená. De fato, o Carioca acabou… para eles.

PS III: Devidamente alertado nos comentários, acrescento que Pimpão fez ótima partida enquanto teve pernas e é titular absoluto nesse time.

 

Grenás 2 x 1 Botafogo: O pior não foi o resultado

O resultado mais justo para o primeiro jogo da semifinal seria um empate: Botafogo dominou o primeiro tempo, enfim teve presença no meio de campo com lampejos de Elvis, mas Bill desperdiçou a melhor chance para abrir o marcador e a zaga vacilou feio no gol tricolor.  Na segunda etapa, o adversário foi melhor e a vantagem deles só não foi maior devido ao belo lançamento de Fernandes para um golaço do Arão, talvez o melhor alvinegro da partida, e único titular absoluto no meio-de-campo.

Pior do que o resultado, porém, foi perceber que o Botafogo chega ás vésperas do início da Série B sem a definição de um camisa 10: Diego Jardel, Tomas, Elvis, Gegê, nenhum deles conseguiu jogar bem durante 90 minutos. E também pior é perceber que o ataque está limitadíssimo, excessivamente dependente do individualismo de Jobson e do oportunismo de Bill. Talvez, quando Pimpão entrar em forma, a produção ofensiva melhore, mas por enquanto o cenário é pra lá de preocupante.

De verdade, a não ser pela rivalidade, não importa tanto o que acontecerá daqui pra frente no Carioca. Com o cheque de R$ 1 milhão no cofre com a conquista da Taça Guanabara, o que vier agora é lucro. Mas é preciso pegar parte dessa grana para tentar seduzir um meia ofensivo e um centroavante ainda antes do início da Série B.

A Taça é nossa! Botafogo campeão !

A Taça Guanabara não vale nada?

Não para quem precisa de recursos desesperadamente. E precisa reconstruir a sua confiança.

Sem querer querendo, com o vacilo de seu maior rival e com um gol que veio em um golpe de sorte, Botafogo ganhou a mais tradicional taça do estadual carioca e R$ 1 milhão de reforço nas combalidas contas alvinegras.

Ganhou também um poderoso alento:  ganhou combustível para impulsionar um time ainda muito problemático, que padece em quase todas as partidas pela dificuldade de criação e a inoperância/individualismo de seus atacantes.

Não é nada? Para nós, já é alguma coisa. Em um ano tão difícil, pode representar muito.  Pode apontar para o futuro.

Botafogo 4×1 Madureira: O placar enganador

O Madureira dominou amplamente o Botafogo no primeiro tempo e só fez um gol.

O Botafogo dominou parcialmente o Madureira no segundo tempo e fez quatro gols.

O placar é enganador, não reflete o que foi a partida. Não reflete a gravíssima situação defensiva do time, com zagueiros lentos, alas que sobem demais e meio-de-campo com pouco potencial criativo.

Graças às bolas paradas, o Botafogo virou a partida e se impôs. Mas, se não houver reforços e mudanças táticas urgentes, a Série B será bem mais complicada do que já promete. Mas ao menos o time não tomou de cinco nem encabeçou um protesto que virou palhaçada.

Botafogo 1×1 vasco: Alerta ligado

Serei breve, mas serei direto.

Esse time, vacilante na defesa, sem poder de criação e de ataque inoperante, terá sérias dificuldades para cumprir o objetivo do ano: voltar à Série A. Pode crescer na reta final do Carioca, pode até ganhar o campeonato, mas salta aos olhos a dificuldade criativa dos meias testados e a incipiente, para não dizer inexistente, produção ofensiva.

De positivo no clássico, apenas a certeza que Giaretta tem lugar no time – seja na zaga, seja como primeiro volante (foi mais eficiente do que Mattos).  Já Bill e Jobson precisam de um trabalho à parte, mais disciplinar do que tático.

O alerta tem que ser ligado em General Severiano. Antes do início do Brasileirão.

Antes que seja tarde.

Noite feliz

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Parabéns, Gilberto, pelo belíssimo gol na vitória em cima do Tigres.

Depois de um primeiro tempo horroroso, o Botafogo deslanchou no segundo tempo com movimentação, troca de passes e gols na hora certa.

Ainda falta melhorar muito: acertar a defesa, fazer o meio-de-campo manter a produtividade, exigir que Jobson não seja tão fominha, que Tomas não oscile tanto, que Diego Jardel tenha condições físicas de jogar em alta intensidade o tempo inteiro…

Mas ao menos o golaço do Gilberto, há tanto tempo almejado pelo lateral, garantiu uma noite feliz.

Grenás 3 x1 Botafogo: O que importa

O resultado nem importa tanto, e acabou sendo mais elástico do que o mostrado dentro de campo.

O que importa é perceber que ainda há um longo caminho a percorrer até se chegar a um time de fato competitivo para vencer a Série B.

É preciso, por exemplo, ter uma dupla de zaga mais consistente, talvez até mais cascuda e experiente – Renan Fonseca teve uma atuação lamentável, perdeu todas no mano a mano com Fred e falhou nos dois últimos gols do adversário.

Também será preciso montar um sistema defensivo que possibilite a Gilberto apoiar sem que o time corra riscos e transforme a ala direita em uma avenida, como tem acontecido.

O meio de campo, ainda emperrado na parte da criação, também está bem longe do ideal: Gegê e Diego Jardel demonstram, a cada jogo, totais condições de permanecer no banco, não de garantir a posição de titular. Arão jogou mal e Mattos ficou sobrecarregado.

No ataque, apesar de Bill demonstrar segurança e força no papel de pivô, é preciso controlar a afobação e o individualismo de Jobson.

E é preciso também que as alterações de René voltem a funcionar, pois no clássico as substituições desmontaram um time que já esbanjava fragilidade.

Enfim, é preciso muito trabalho – e algum dinheiro – para atingir o objetivo que realmente importa em 2015: voltar à Série A.

Botafogo 1 x 0 flamengo: Batismo de Fogo

 

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Muitos já destacaram que o adversário teve maior posse de bola. De fato, isso ocorreu, em especial no primeiro tempo – mas sem tantas chances claras de gol.

Outros notaram que o Botafogo cresceu no segundo tempo, quando teve as oportunidades mais perigosas da partida: três bolas na trave, uma delas convertida em gol graças a um golpe de sorte, fator que raramente nos acompanha quando o time do outro lado é o maior rival.

Poderíamos também enaltecer a corajosa substituição do René Simões, que tirou Diego Jardel ainda no primeiro tempo. Ou comentar a boa partida do volante Arão, talvez o melhor em campo, que apoiou e marcou com eficiência. Ou lamentar a nulidade da dupla Jobson-Bill; sozinho, Cirino deu mais trabalho do que a nossa dupla, em especial no primeiro tempo. Ou, pela enésima vez, elogiar as intervenções decisivas de JEFFERSON, dessa vez em uma defesa espetacular, de pura elasticidade e precisão, no lance de “fogo amigo” do Diego Giaretta.

Eu prefiro destacar um outro fator: o batismo de fogo para a turma de novatos que vestiu pela primeira vez em um clássico a camisa alvinegra (lotada de patrocinadores pontuais, mal necessário nesses tempos de pindaíba). Muitos deles nunca jogaram no futebol carioca, vivenciaram pela primeira vez ao longo da semana a expectativa do enfrentamento contra o maior rival. Ainda mais em uma data festiva para a cidade carioca. Eles passaram  no teste; não tremeram. Muito pelo contrário. Impulsionados por uma torcida em menor número, mas muito mais vibrante, os jogadores alvinegros demonstraram valentia e cresceram ao longo da partida até conquistar a superioridade no placar. Foi muito importante, para criação de um vínculo mais forte entre esse grupo e a torcida, ganhar um clássico tão especial, transmitido para boa parte do Brasil. Do apagado Tomas, que pouco fez além do tirambaço que resultou no gol, ao experiente Bill, da limitada zaga (melhor na segunda etapa) aos outro recém-chegados, todos lembrarão dessa vitória. Todos eles agora sabem o que é ganhar um clássico carioca. Vão saborear nos próximos dias o gostinho da vitória. E vão querer repetir a dose.

O Rio de Janeiro continua lindo. Que continue assim nos próximos 450 anos. Aquele abraço.

 

Botafogo 2×1 Nova Iguaçu: O início da virada

“Eu gostei da lição. O aprendizado com o gol sofrido no início e depois com a virada fez do jogo desse sábado o mais importante até agora: foi ótimo”, destacou René Simões depois da vitória no Estádio Nilton Santos, diante de mais de 13 mil alvinegros, que apoiaram o time de forma incondicional, a ponto de o técnico ter confessado que se surpreendeu o com o fato de os seus pupilos não terem sido vaiados no intervalo:”Fiquei surpreso e encantado com o comportamento dos torcedores que vieram ao estádio”.

Eis um dos ingredientes mais importantes para o início da virada, e a nova diretoria parece bem atenta para esse componente, com o uso mais inteligente das redes sociais e a redução no preço dos ingressos:  o restabelecimento da ligação entre time e torcida. Mesmo com as limitações evidentes no meio (e ninguém me convence que Arão tem mais futebol do que o tresloucado Aírton, e Mattos não parece estar totalmente em forma), mesmo com o fato de a zaga ainda não ter sido testada de forma efetiva, mesmo com o fato de que as opções no banco são escassas (Gegê ainda não correspondeu esse ano), mesmo com um ataque que ainda tem evidentes dificuldades de tomar as decisões certas quando chega a hora de finalizar a jogada. Mesmo com todos esses problemas, a eficiência da dupla Jobson e Bill garantiu vitórias alvinegras nas três últimas partidas.

Que venha o clássico. Mas que, independente do resultado, prevaleça o que realmente importa nesses meses que antecedem o início da Série B: a continuidade dos processos de construção de um time e de reconstrução do vínculo entre os que estão dentro e fora de campo.

 

 

Sorrisos no recomeço

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Não consigo acompanhar os jogos do início do campeonato carioca com a atenção que gostaria, mas, do que posso ver, tenho percebido o ressurgimento de um elemento há tempos ausente, que talvez seja mais importante do que as boas vitórias obtidas nas duas últimas partidas.

Os jogadores que chegaram para defender o Botafogo, mesmo limitados (alguns limitadíssimos), demonstram respeito – e orgulho – de defender o Botafogo.

Parece que o fato de termos novamente um presidente que é botafoguense, e faz questão de demonstrar com atos e fatos que é botafoguense, tem inspirado comissão técnica e jogadores. É visível a preocupação de todos em valorizar a história do clube, seus ídolos e suas tradições, como fez Bill ao comemorar gol lembrando Nilton Santos na reinauguração do Estádio Nilton Santos. Como faz Rodrigo Pimpão em entrevistas, ao citar espontaneamente o nome correto do estádio, como faz Jefferson ao aparecer em público com camisas que saúdam o Estádio Nilton Santos, como faz Carleto nas entrevistas, o próprio René Simões… enfim, não faltam exemplos.

Essa valorização faz bem à autoestima do torcedor. E dá visibilidade à campanha de reerguer o Botafogo a partir de seus mais importantes pilares, fincados em uma história plena de ídolos e fatos gloriosos.

Sobre o time, parece haver uma evolução clara da estreia até a partida disputada nessa última quarta-feira. Alguns jogadores, como Diego Jardel, têm crescido a cada jogo. Outros começam a mostrar porque foram contratados, como o oportunismo de Bill, centroavante sem medo de ser “apenas” centroavante. E Jobson fez, contra o Bangu, a sua melhor atuação desde o retorno. Sem contar Jefferson, que consegue ser Jefferson ao menos uma vez em lances decisivos a cada jogo. Tenho dúvidas em relação à eficiência da zaga e do sistema defensivo como um todo – William Arão e Marcelo Mattos fazem uma dupla muito irregular na proteção.  Mas ao menos é o esboço de um bom início, e esse grupo humilde e limitado já trouxe alguns sorrisos para o difícil recomeço.

Botafogo 1 x 0 Boavista: Boa nova

Estamos de volta!

Ainda não exatamente em ritmo normal, ainda esquentando os motores para a temporada, mas já destacando o que de melhor apareceu na estreia alvinegra no Carioca. A boa nova foi o espírito de luta de todos os jogadores, mesmo os mais limitados, mesmo os sobreviventes da temporada passada.

Depois de um primeiro tempo opaco, com pouquíssimas emoções, o time melhorou no segundo tempo, em especial depois da saída do Gegê. O esquema com dois meias, ele e Diego Jardel, não rendeu o que René esperava. Aí apareceram mais chances de gol, em especial pelas subidas perigosas do Gilberto.

Gostei do volante William Arão, da tranquilidade da zaga, das entradas do Fernandes e do Sassá.

Não gostei da dupla Bill/Pimpão, achei o Carleto excessivamente discreto.

Mas gostei mesmo do gol de cabeça do Roger Carvalho e da caneta do Jefferson. E de não ter que ouvir os nomes de Zé Ballos, Carlos Alberto, Mamute,Húngaro…

Enfim, é um time limitadíssimo, o que já era previsível, pelo orçamento minguado. Mas é um time aguerrido. Que continue com o mesmo espírito de luta, mas apresente melhoras técnicas para não passarmos tantos sustos.

2015, o ano que começou

Reabertura do Engenhão, campanha para mudar o nome do estádio para Estádio Nilton Santos e o apelido para Niltão (eu apoio!), entrevistas esclarecedoras, valorização do torcedor alvinegro, credibilidade na hora de acertar as contas com a justiça, RENOVAÇÃO DO JEFFERSON…

Que saudades que eu estava de ver um botafoguense na presidência do Botafogo.

E, antes tarde do que nunca, um 2015 menos sofrido e mais alvissareiro a todos os alvinegros que por aqui se encontram.

 

Renê Simões? Paciência…

Sei que a situação financeira é desesperadora, pouquíssimos técnicos topariam o desafio de encarar a incerteza reinante no Botafogo, etc etc…

Mas Renê Simões é uma escolha desanimadora, que representa uma cachoeira de água fria na já combalida torcida. É de lascar.

Da minha parte, preferia o investimento num nome sem projeção na Série A – Doriva, Sérgio Soares, Dado Cavalcanti –  mas que estivesse acompanhando atentamente a Série B. Qualquer um dos nomes citados, ou o Jorginho (ex-Palmeiras), teria mais conhecimento atualizado da realidade da Série B, poderia inclusive indicar jogadores de custo baixo. Mas parece que a opção da diretoria foi resgatar um treinador obsoleto, com sucessivos fracassos no currículo, sob a alegação que ele tem experiência e conhecimento.

Paciência. Só nos restará torcer para que ele contrarie a lógica e nos surpreenda com um trabalho digno e competente.

 

 

Uma tragédia anunciada: A crônica do Pereirão

  Crônica de uma tragédia anunciada

Carlos Pereira

A queda do glorioso Botafogo de Futebol e Regatas para a segunda divisão, repetindo o que já ocorrera em 2002, é uma tragédia anunciada desde o começo deste ano. E de quem é a culpa por esse infortúnio que abala os alicerces do mais empedernido torcedor alvinegro?

Vamos por partes: em primeiro lugar e, talvez o fator mais importante, foi querer brigar com o Papa. Explico melhor: começando o ano dando uma surra no time com nome de Santo e que tem como torcedor mais ilustre o Papa Francisco, o Botafogo deu o primeiro passo para a degola.

Mesmo com a conquista da Libertadores, o San Lorenzo de Almagro não perdoou aquele vexame acontecido no Maracanã nos primórdios de 2014 e o Papa, apesar de sua elogiada humildade, não se lembrou de orar pelo nosso Botafogo.

A partir daí foi uma sucessão  de erros que passaram pelo horrível campeonato carioca (competição que já devia ter acabado!) , Copa do Brasil (uma lástima!) e o terrível campeonato brasileiro em que conseguimos o quase impossível – perder 22 jogos, 7 seguidos e sem marcar um mísero gol, coisa nunca vista na história do clube que já foi a base da seleção brasileira.

O último e fundamental desastre foi a contratação desse Vagner Mancini, famoso por rebaixar clubes para a segunda divisão (vide os casos do Náutico e do Vitória). Isso tudo na conta do dentista Assumpção que leva pra casa o troféu de pior presidente que o Botafogo já teve!

Agora, com o time na série B, seria interessante que participasse (ou que visse pela TV) da Copa do Nordeste que começa em fevereiro pois praticamente o Botafogo vai disputar uma segunda versão desse Copa na série B. Senão vejamos: vai enfrentar Vitória e Bahia, Náutico e Santa Cruz, Sampaio Correia, Fortaleza e Ceará,ABC,  CRB além do Paissandu, dentre outros menos votados como Boa Esporte, Criciuma,  América MG, Bragantino, Paraná, Oeste, Luverdense e Atlético de Goiás.

E é bom lembrar que são apenas 4 vagas para os que vão subir à série A. E, com o time que tem atualmente, o Glorioso de tantas tradições, lutará para se manter na alternativa B – B de Botafogo, mas também B de bestalhão – melhor adjetivo que se pode aplicar ao dentista Assunção.

Esta é a dura realidade que nos espera para 2015. Ainda bem que os torcedores alvinegros já cunharam a frase que nos orgulha mas também nos entristece:

– Não interessa a divisão, eu amo o Fogão!

Para terminar como comecei esta crônica de uma tragédia anunciada, repito que a culpa é do Papa! Quem mandou dar no San Lorenzo?

E quem não concordar, que vá se queixar ao Bispo!

PS: Carlos Pereira é pessoense, jornalista e alvinegro, não necessariamente nessa ordem. E xará do novo presidente do Botafogo.

Botafogo 0x0 Atlético-MG: E agora?

Em mais um jogo chocho, tendo como protagonistas uma defesa insegura, um meio de campo inexistente e um ataque irritante, o Botafogo se despediu da Série A com um empate sem gols numa partida que, de nobre, só teve o nome do estádio: Mané Garrincha.

E assim acabou o campeonato alvinegro: 34 pontos marcados, nove vitórias, 48 gols sofridos e 22 derrotas. Repetindo para quem não prestou atenção: o Botafogo, no Brasileirão de 2014, sofreu 22 derrotas.  Uma marca ridícula, incompatível com a grandeza histórica do Botafogo.

E agora?

Aí é que mora o perigo. Desse bando que entrou em campo em Brasília, só ficaria com André Bahia e Gabriel. Talvez Régis e Helton Leite para o banco. E só. E é muito pouco.

Agora é apostar na recuperação do Daniel, o único meia talentoso da temporada, que precisará de tempo e de paciência da torcida para se afirmar novamente como titular. E torcer pela chegada de atacantes que, mesmo limitados, tenham fome de gol ou saibam ao menos ser combativos, na linha Leandrão, Schwenck e, mais recentemente, Herrera.

Agora é promover reformulação completa no departamento de futebol, a começar pela saída imediata do Mancini.

Agora é dispensar quem não honrou a camisa e/ou não sabe jogar futebol profissional (Dankler, Mamute, Murilo), contratar com precisão e parcimônia, investir nos garotos revelados nas divisões de base (Andreazi, Gegê, Fabiano, talvez contar com a volta do Sassá).

Agora é a torcida se conscientizar que a volta para a Série A é, no momento, muito incerta. Com esse time que entrou em campo no domingo, tenho certeza que não será possível.  Por isso, o apoio a um grupo certamente limitado tecnicamente, mas que vai ter de compensar a falta de talento na base da garra, vai ser fundamental.

Agora é hora de a nova diretoria defender, antes de mais nada, os interesses alvinegros, exigindo a reabertura do Engenhão. E adotar a tática da transparência no relacionamento com a torcida, inclusive buscando formas atraentes – como reservar um dos setores do Engenhão para cobrar ingressos de no máximo R$ 10 – de trazer o torcedor de volta ao estádio.

Agora é hora de ser mais Botafogo do que nunca.

Porque, infelizmente, todas as nossas glórias e ídolos do passado não entrarão em campo para garantir os três suados pontos que precisaremos a cada rodada na Série B.