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vasco 1 x 0 Botafogo: Os erros e o castigo

Na primeira partida da final do Carioca, o vasco dominou durante mais tempo o Botafogo. Teve maior posse de bola, em especial na primeira etapa, quando merecia ter aberto uma vantagem no placar. Envolvido e improdutivo, o meio-de-campo alvinegro pouco fez. A saída de Gegê para a entrada de Tomas melhorou um pouco a nossa situação, e o Botafogo enfim criou as chances mais claras de abrir o marcador: Pimpão, Arão e Bill desperdiçaram as oportunidades de balançar as redes. Erros cruciais, que se tornaram mais lamentáveis por causa do castigo sofrido nos acréscimos, quando houve um vacilo coletivo da defesa e saiu o gol vascaíno.

Tudo está perdido? Sinceramente, não sei. A vantagem foi perdida, mas mesmo assim eliminamos os grenás nas semifinais. Mas tem um item em que o Botafogo já foi derrotado: a preparação física. De novo, o nosso time foi amplamente superado pelo adversário, e chegou ao fim do primeiro tempo já com sérias dificuldades para se impor do ponto de vista físico. Mais do que a conquista ou não da taça carioca, esse fato merece toda a atenção, pois desse jeito será muito difícil enfrentar o ritmo da Série B com uma sucessão interminável de jogos na terça e na sexta, sempre com uma viagem no meio.

No mais, é lamentar que o chute de Arão – o melhor jogador alvinegro da temporada até agora – tenha explodido no travessão e dizer que o Gilberto ainda precisa amadurecer muito para dar conta de marcar e apoiar em um jogo decisivo.

E, claro, não dá para depender de Bill. Cavadinha na decisão, Bill, é coisa só para um louco. Loco Abreu.

Botafogo 1×1 vasco: Alerta ligado

Serei breve, mas serei direto.

Esse time, vacilante na defesa, sem poder de criação e de ataque inoperante, terá sérias dificuldades para cumprir o objetivo do ano: voltar à Série A. Pode crescer na reta final do Carioca, pode até ganhar o campeonato, mas salta aos olhos a dificuldade criativa dos meias testados e a incipiente, para não dizer inexistente, produção ofensiva.

De positivo no clássico, apenas a certeza que Giaretta tem lugar no time – seja na zaga, seja como primeiro volante (foi mais eficiente do que Mattos).  Já Bill e Jobson precisam de um trabalho à parte, mais disciplinar do que tático.

O alerta tem que ser ligado em General Severiano. Antes do início do Brasileirão.

Antes que seja tarde.

Grenás 3 x1 Botafogo: O que importa

O resultado nem importa tanto, e acabou sendo mais elástico do que o mostrado dentro de campo.

O que importa é perceber que ainda há um longo caminho a percorrer até se chegar a um time de fato competitivo para vencer a Série B.

É preciso, por exemplo, ter uma dupla de zaga mais consistente, talvez até mais cascuda e experiente – Renan Fonseca teve uma atuação lamentável, perdeu todas no mano a mano com Fred e falhou nos dois últimos gols do adversário.

Também será preciso montar um sistema defensivo que possibilite a Gilberto apoiar sem que o time corra riscos e transforme a ala direita em uma avenida, como tem acontecido.

O meio de campo, ainda emperrado na parte da criação, também está bem longe do ideal: Gegê e Diego Jardel demonstram, a cada jogo, totais condições de permanecer no banco, não de garantir a posição de titular. Arão jogou mal e Mattos ficou sobrecarregado.

No ataque, apesar de Bill demonstrar segurança e força no papel de pivô, é preciso controlar a afobação e o individualismo de Jobson.

E é preciso também que as alterações de René voltem a funcionar, pois no clássico as substituições desmontaram um time que já esbanjava fragilidade.

Enfim, é preciso muito trabalho – e algum dinheiro – para atingir o objetivo que realmente importa em 2015: voltar à Série A.

Sorrisos no recomeço

billeniltonsantos

Não consigo acompanhar os jogos do início do campeonato carioca com a atenção que gostaria, mas, do que posso ver, tenho percebido o ressurgimento de um elemento há tempos ausente, que talvez seja mais importante do que as boas vitórias obtidas nas duas últimas partidas.

Os jogadores que chegaram para defender o Botafogo, mesmo limitados (alguns limitadíssimos), demonstram respeito – e orgulho – de defender o Botafogo.

Parece que o fato de termos novamente um presidente que é botafoguense, e faz questão de demonstrar com atos e fatos que é botafoguense, tem inspirado comissão técnica e jogadores. É visível a preocupação de todos em valorizar a história do clube, seus ídolos e suas tradições, como fez Bill ao comemorar gol lembrando Nilton Santos na reinauguração do Estádio Nilton Santos. Como faz Rodrigo Pimpão em entrevistas, ao citar espontaneamente o nome correto do estádio, como faz Jefferson ao aparecer em público com camisas que saúdam o Estádio Nilton Santos, como faz Carleto nas entrevistas, o próprio René Simões… enfim, não faltam exemplos.

Essa valorização faz bem à autoestima do torcedor. E dá visibilidade à campanha de reerguer o Botafogo a partir de seus mais importantes pilares, fincados em uma história plena de ídolos e fatos gloriosos.

Sobre o time, parece haver uma evolução clara da estreia até a partida disputada nessa última quarta-feira. Alguns jogadores, como Diego Jardel, têm crescido a cada jogo. Outros começam a mostrar porque foram contratados, como o oportunismo de Bill, centroavante sem medo de ser “apenas” centroavante. E Jobson fez, contra o Bangu, a sua melhor atuação desde o retorno. Sem contar Jefferson, que consegue ser Jefferson ao menos uma vez em lances decisivos a cada jogo. Tenho dúvidas em relação à eficiência da zaga e do sistema defensivo como um todo – William Arão e Marcelo Mattos fazem uma dupla muito irregular na proteção.  Mas ao menos é o esboço de um bom início, e esse grupo humilde e limitado já trouxe alguns sorrisos para o difícil recomeço.