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Paissandu 0 x 1 Botafogo: Três importantes pontos

Três pontos a comentar sobre a estreia do Botafogo na Série B, diante do fraquíssimo Paissandu:

1) René tem que mexer no ataque. Bill não pode ser titular.  É preciso testar Sassá, ou mesmo Henrique, no lugar de um centroavante imóvel, de pouquíssimo recursos técnicos, que obriga o time a jogar pelo alto.  Na criação de jogadas, o fraco Diego Jardel foi engolido por 30 minutos de bom futebol, com lucidez e técnica, a cargo de Daniel Carvalho.

2) Fernandes e Arão apoiaram com objetividade e perigo, em especial no primeiro tempo. São duas boas opções para criação de jogadas ofensivas. Aliás, sobre o Fernandes, vale destacar: se for bem orientado e a torcida tiver paciência, pode se tornar um grande jogador – visão diferenciada e técnica acima da média ele já provou que possui.

3) Mattos, muito fraco como primeiro volante. Renan Fonseca, apesar de esforçado, tem a mesma intimidade com a bola que eu tenho com as regras do beisebol. Carleto só acertou o cruzamento do gol e Gilberto decepcionando no apoio – ambos fraquíssimos na marcação. Mas as limitações da defesa, diante de adversários fracos, preocupam menos do que a inoperância do ataque.

No mais, o que importa é ter consciência que jogamos mal. E, mesmo assim, conseguimos ganhar três pontos. Se tiver que ser assim, que seja desse jeito até o fim.

PS: O filho do Daniel Carvalho pediu para o pai voltar a jogar. Quando o filho do Bill vai pedir para o pai parar de jogar?

 

 

 

Uma tragédia anunciada: A crônica do Pereirão

  Crônica de uma tragédia anunciada

Carlos Pereira

A queda do glorioso Botafogo de Futebol e Regatas para a segunda divisão, repetindo o que já ocorrera em 2002, é uma tragédia anunciada desde o começo deste ano. E de quem é a culpa por esse infortúnio que abala os alicerces do mais empedernido torcedor alvinegro?

Vamos por partes: em primeiro lugar e, talvez o fator mais importante, foi querer brigar com o Papa. Explico melhor: começando o ano dando uma surra no time com nome de Santo e que tem como torcedor mais ilustre o Papa Francisco, o Botafogo deu o primeiro passo para a degola.

Mesmo com a conquista da Libertadores, o San Lorenzo de Almagro não perdoou aquele vexame acontecido no Maracanã nos primórdios de 2014 e o Papa, apesar de sua elogiada humildade, não se lembrou de orar pelo nosso Botafogo.

A partir daí foi uma sucessão  de erros que passaram pelo horrível campeonato carioca (competição que já devia ter acabado!) , Copa do Brasil (uma lástima!) e o terrível campeonato brasileiro em que conseguimos o quase impossível – perder 22 jogos, 7 seguidos e sem marcar um mísero gol, coisa nunca vista na história do clube que já foi a base da seleção brasileira.

O último e fundamental desastre foi a contratação desse Vagner Mancini, famoso por rebaixar clubes para a segunda divisão (vide os casos do Náutico e do Vitória). Isso tudo na conta do dentista Assumpção que leva pra casa o troféu de pior presidente que o Botafogo já teve!

Agora, com o time na série B, seria interessante que participasse (ou que visse pela TV) da Copa do Nordeste que começa em fevereiro pois praticamente o Botafogo vai disputar uma segunda versão desse Copa na série B. Senão vejamos: vai enfrentar Vitória e Bahia, Náutico e Santa Cruz, Sampaio Correia, Fortaleza e Ceará,ABC,  CRB além do Paissandu, dentre outros menos votados como Boa Esporte, Criciuma,  América MG, Bragantino, Paraná, Oeste, Luverdense e Atlético de Goiás.

E é bom lembrar que são apenas 4 vagas para os que vão subir à série A. E, com o time que tem atualmente, o Glorioso de tantas tradições, lutará para se manter na alternativa B – B de Botafogo, mas também B de bestalhão – melhor adjetivo que se pode aplicar ao dentista Assunção.

Esta é a dura realidade que nos espera para 2015. Ainda bem que os torcedores alvinegros já cunharam a frase que nos orgulha mas também nos entristece:

– Não interessa a divisão, eu amo o Fogão!

Para terminar como comecei esta crônica de uma tragédia anunciada, repito que a culpa é do Papa! Quem mandou dar no San Lorenzo?

E quem não concordar, que vá se queixar ao Bispo!

PS: Carlos Pereira é pessoense, jornalista e alvinegro, não necessariamente nessa ordem. E xará do novo presidente do Botafogo.

Botafogo 0x0 Atlético-MG: E agora?

Em mais um jogo chocho, tendo como protagonistas uma defesa insegura, um meio de campo inexistente e um ataque irritante, o Botafogo se despediu da Série A com um empate sem gols numa partida que, de nobre, só teve o nome do estádio: Mané Garrincha.

E assim acabou o campeonato alvinegro: 34 pontos marcados, nove vitórias, 48 gols sofridos e 22 derrotas. Repetindo para quem não prestou atenção: o Botafogo, no Brasileirão de 2014, sofreu 22 derrotas.  Uma marca ridícula, incompatível com a grandeza histórica do Botafogo.

E agora?

Aí é que mora o perigo. Desse bando que entrou em campo em Brasília, só ficaria com André Bahia e Gabriel. Talvez Régis e Helton Leite para o banco. E só. E é muito pouco.

Agora é apostar na recuperação do Daniel, o único meia talentoso da temporada, que precisará de tempo e de paciência da torcida para se afirmar novamente como titular. E torcer pela chegada de atacantes que, mesmo limitados, tenham fome de gol ou saibam ao menos ser combativos, na linha Leandrão, Schwenck e, mais recentemente, Herrera.

Agora é promover reformulação completa no departamento de futebol, a começar pela saída imediata do Mancini.

Agora é dispensar quem não honrou a camisa e/ou não sabe jogar futebol profissional (Dankler, Mamute, Murilo), contratar com precisão e parcimônia, investir nos garotos revelados nas divisões de base (Andreazi, Gegê, Fabiano, talvez contar com a volta do Sassá).

Agora é a torcida se conscientizar que a volta para a Série A é, no momento, muito incerta. Com esse time que entrou em campo no domingo, tenho certeza que não será possível.  Por isso, o apoio a um grupo certamente limitado tecnicamente, mas que vai ter de compensar a falta de talento na base da garra, vai ser fundamental.

Agora é hora de a nova diretoria defender, antes de mais nada, os interesses alvinegros, exigindo a reabertura do Engenhão. E adotar a tática da transparência no relacionamento com a torcida, inclusive buscando formas atraentes – como reservar um dos setores do Engenhão para cobrar ingressos de no máximo R$ 10 – de trazer o torcedor de volta ao estádio.

Agora é hora de ser mais Botafogo do que nunca.

Porque, infelizmente, todas as nossas glórias e ídolos do passado não entrarão em campo para garantir os três suados pontos que precisaremos a cada rodada na Série B.

Santos 2 x 0 Botafogo: O fim e o começo

jeffersonnavila

Acabou.

Mas, como já escrevi aqui, na verdade nesse Brasileirão nunca começou – basta lembrar que, na estreia do time, ainda com Edilson, Dória, Julio Cesar e Lodeiro, o time tomou de três do São Paulo no Morumbi, e foi pouco. Houve alguns lampejos (as partidas contra o Corinthians, um clássico contra o flamengo, outro com os grenás), mas a impressão é que esse Botafogo é incapaz de chutar a gol com perigo desde o início do returno, que dirá ganhar uma partida.

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Foi bonito o gesto do Gabriel, mostra que ele é um dos poucos que têm amor à camisa, merece ficar, mas agora não há tempo para lágrimas.

É preciso muito suor da diretoria.

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E é preciso o apoio da torcida.

Se conseguimos amar o Botafogo mesmo com Maurício Assumpção, Murilo, Mamute, Zeballos, Dankler, conseguiremos amá-lo muito mais sem ele.

Voltaremos em campo, sem ajuda de tapetes mágicos.

O ano de 2015 já começou.

E, para iniciar a discussão para o ano que vem, eu trocaria o treinador. Mancini cometeu erros, em especial no returno. Eu apostaria no Argel.