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Libertados!

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A seguir, a frase que sempre desejei escrever, desde que este blog foi criado, em 2008: Meus amigos, depois de 18 anos, o Botafogo de Futebol e Regatas está de volta à Libertadores da América.

Obrigado, Nilton Santos: não há nenhuma dúvida que a tua Estrela nos conduziu de volta ao caminho da luz.

Obrigado, Seedorf: foi preciso a mentalidade vitoriosa de um surinamês-holandês, para nos ensinar novamente o caminho da América.

Obrigado, Jefferson: enfim, corrige-se uma injustiça. O melhor goleiro das Américas vai disputar a maior competição do continente.

Obrigado aos outros jogadores, pelo brilhante primeiro turno, e pela gana de vencer demonstrada no último domingo, contra o Criciúma.

Obrigado, Oswaldo: acho que seu ciclo já tinha se encerrado, mas você acertou ao apostar nos jovens e fazer o time conquistar uma vaga tão ansiada, mesmo com tantos desfalques. Boa sorte no Santos (a quem também agradecemos).

Obrigado, argentinos: Botafogo + Lanús = 13 letras.

Poderia ter sido melhor?  Sim.  Mas foi um ano que começou muito bem, surpreendentemente bem (campeões estaduais, “matando” os três rivais cariocas nos jogos decisivos). Depois teve grandes momentos de frustração, mas a comunhão torcida/jogadores no último domingo e a vibração dessa noite de quarta-feira fizeram 2013 terminar em alta, nos devolvendo a esperança e chutando pra longe a frustração. Enfim, estamos de volta aos trilhos das glórias e, amparados pelos grandes ídolos do passado, temos tudo para escrever um belo futuro.

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Acabou a síndrome do cavalo paraguaio tão ironizada por comentaristas, terminou a maldição: estamos libertados para redescobrir o gosto pleno da felicidade e fazer de 2014 um ano ainda mais glorioso.

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Agora é a nossa hora. Agora é com a nossa torcida, enfim apaziguada e alentada. Agora é com a diretoria, que não pode mais vacilar para definir preço dos ingressos e na hora de negociar jogadores. Mas, acima de tudo, agora é hora de menos reticências e de muitas exclamações.

Feliz ano-novo, alvinegros!!!!!!!!

Sete jogos e um destino

Sete jogos para o final do campeonato. Sete dias de descanso entre uma partida e outra. O número sete sempre foi a nossa marca, a nossa mística, a nossa força.
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Está na hora de fazê-lo brilhar novamente, uma vez que três dos adversários diretos por uma vaga na Libertadores – Grêmio, Atlético-PR e Goiás – terão jogos desgastantes no meio desta e da próxima semana.

Está na hora de voltar com Elias, já que as outras opções para o ataque – Alex, Henrique – simplesmente não conseguem balançar as redes. Está na hora de recuperar jogadores que, mesmo no banco, podem ser decisivos nesses confrontos finais, como Hyuri e Bruno Mendes.

Trabalhar sério durante a semana para preparar o time pra voltar com uma vitória do Serra Dourada, no próximo domingo. E de resolver se Gilberto, por ter ido muito mal contra o flamengo, terá que ser banco do imprevisível, alucinado e surpreendente Edilson até o fim da temporada.
Bom trabalho, Oswaldo.

Fechar a escotilha: Conseguiremos?

Poderia escrever sobre o nocivo sentimento que mistura em iguais doses a frustração e a irritação, sobre os efeitos devastadores de uma derrota desse naipe nas novas gerações, sobre esse revés indigesto que faz mal à saúde do novo e do velho botafoguense.

Poderia escrever ainda mais sobre esse infortúnio sacana que sempre nos espreita, à espera de uma oportunidade grandiosa para nos visitar, ou melhor, nos invadir, enfiando o pé na nossa cara e, com escárnio, nos jogar no chão e nos dar a sensação de nocaute e nos fazer questionar tudo, da necessidade do futebol nas nossas vidas até a existência dos deuses alvinegros – menos a fé no Jefferson, que não merecia estar em campo e ver a rede balançar quatro vezes na noite fatídica dessa amaldiçoada quarta-feira, 23 de outubro de 2013.

Poderia escrever milhares e milhares de palavras, todas igualmente amargas, desesperançadas e inúteis.

Mas não, não vou escrevê-las.

Vamos falar um pouco do jogo – e ao que passa a importar, as consequências dele.

Oswaldo foi igualzinho ao time que escalou: mal no primeiro tempo, ainda pior na segunda etapa.

Logo nos primeiros minutos, Oswaldo começou a tomar uma goleada tática de um técnico recém-promovido, que ganha 10 vezes menos do que ele. E assistiu, impávido e imóvel, a ala direita do seu time ser totalmente dominada pelo adversário (Gilberto, quem diria, deu saudades do Edilson – complet), sem contar a lacuna entre o meio e a defesa, por culpa da omissão do Renato e de uma noite horrorosa do Marcelo Mattos. Nosso treinador demorou muito, talvez não tenha percebido até agora, que Paulinho e André Santos iriam atacar o tempo inteiro em cima do Gilberto e não conseguiu esboçar nenhuma estratégia para socorrer nosso jovem e envolvido lateral, muito menos explorar a ala esquerda do adversário, que ficou desguarnecida diante de tanta ofensividade. Nesse sentido, como fez falta um técnico como o Cuca que tem facilidade em ler o jogo e muda estratégia ainda no primeiro tempo, protegendo quem precisa ser protegido e equilibrando as ações diante do predomínio do rival.

E a coisa foi ficando ainda pior. O Botafogo, depois que tomou o primeiro gol, foi se apagando até o futebol de todos simplesmente sumir. Seedorf esteve estranhamente apático e, assim como contra o Cruzeiro no Mineirão, passou muito longe de ser decisivo. Rafael Marques, lamentável; Lodeiro, inoperante e Sassá, apenas vigor físico. Resultado: pouquíssimas chances criadas. Enquanto o adversário deitava e rolava na nossa defesa.

Oswaldo entra pra história como o treinador do time que sofreu a maior diferença de gols na história recente do confronto dos dois clubes – o último 4×0 a favor deles tinha sido em 1975. Seu time, o seu descansado time que não entrou em campo no domingo para jogar uma batalha de vida-e-morte nessa quarta, nos “presenteou” com a noite mais amarga desde a desclassificação para o River Plate, no Monumental de Nuñez, em 2007. Sobram cicatrizes e hematomas; mais uma vez, nosso coração foi machucado. E pisoteado – justo pelo maior rival. Justo em um confronto decisivo. Justo na última chance de levantar um título nacional em 2013.

Bem, mas e agora?

Agora, meus amigos, o nosso treinador terá que justificar seu altíssimo salário e dar um jeito de impedir que a desclassificação desastrosa contamine a luta, cada vez mais difícil, pela Libertadores, que é o que nos sobrou até o fim do ano. Pra complicar um pouco mais, o São Paulo avançou e pode ganhar a Sul-Americana, o que reduziria para três o número de vagas na competição internacional.

Para assegurar uma vaga no G3, é preciso retomar o aproveitamento do primeiro turno. É preciso novamente ter uma sequência de vitórias no Brasileirão – e, depois do jogo de sábado contra o Atlético-MG, o adversário será o rival direto, o Goiás, no Serra Dourada. É preciso jogar com vibração, sangue nos olhos e malícia no cérebro, tudo o que faltou nessa quarta-feira.

Você vai conseguir fechar a escotilha, isolar essa derrota vexatória e impedir a contaminação, Oswaldo?

Você vai conseguir nos poupar de mais uma dose cavalar de amargura, Botafogo?

PS: Já estou na campanha “Loco Abreu para técnico do Botafogo”. Lógico que ainda vai demorar algum tempo, ele precisa se aposentar direitinho, se preparar e tal. Mas é preciso ter no nosso banco alguém com conhecimento tático e técnico, identificação com o time e cojones, se é que vocês me entendem. Isso fez falta, muita falta, ontem. O Loco tem tudo para ser para o Botafogo o que Renato Gaúcho é para o Grêmio. E não iria assistir impassível, sem reagir, a uma derrota como a que ocorreu nessa quarta-feira.

Botafogo 3 x 3 Inter: Meio a meio

Somos líderes. Estamos frustrados.

Nos primeiros lances do primeiro tempo, fomos avassaladores. No último lance do segundo tempo, fomos displicentes.

Tomamos dois gols no primeiro tempo. Fizemos dois gols no segundo tempo.

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Tivemos Vitinho na sua melhor partida do ano, marcando dois gols, um deles de craque, e fornecendo um presente precioso para Rafael Marques, que virou pênalti, convertido com segurança por Seedorf. Não tivemos segurança na zaga, com um Bolívar pouco eficiente, nem embaixo das traves, pois Renan não foi tão firme no terceiro gol colorado.

Fizemos dois pontos em dois jogos com o nosso mando. Teremos que fazer mais daqui pra frente.

Temos a ponta da tabela em um campeonato equilibradíssimo. Não temos opções no banco capazes de garantir uma vitória quando o jogo entra nos minutos finais.

Temos um líder dentro e fora de campo, Clarence Seedorf, que, com  serenidade mas de forma incisiva, dribla os clichês e fala verdades para quem quiser ouvir: “Tenho muito orgulho de fazer parte deste grupo e deste trabalho. Sabemos nossas condições e dificuldades, mas o que fazemos dentro de campo com Vitinho, Dória e Gabriel é uma maravilha, como participar de um grupo que está querendo um sonho, de ganhar este campeonato”. E que arremata sua entrevista, com uma citação indireta ao nosso hino: “Esse Botafogo não vai perder facilmente pra ninguém”.

Temos um técnico que insiste em fazer substituições para passar o tempo e que expõem desnecessariamente o time. Não temos como técnico um sujeito desequilibrado, capaz de puxar pelo braço um adolescente por achar que ele não está gandulando de forma correta.

Tivemos um público de apenas 11 mil pagantes. Tivemos, nesses 11 mil, incentivo durante os 90 minutos.

Tivemos a chance de obter uma vitória inesquecível, uma vitória arrebatadora, uma vitória como marco de uma arrancada, uma vitória para nos deixar ébrios de sonhos e gols. Tivemos mais um empate.

Tivemos grandes momentos em um grande jogo. O adversário também teve.

Não tivemos Lodeiro. O Inter teve Scocco.

Temos Vitinho, temos Seedorf, teremos a volta de Jefferson.

Um jogo de futebol tem dois tempos de 45 minutos. E tem os acréscimos.

Se não houvesse acréscimos no Brasileirão, o Botafogo seria líder com 6.437 pontos à frente do segundo colocado.  Se não houvesse Seedorf, não estaríamos brigando pelo Brasileirão – nem no tempo normal nem nos acréscimos.

Estamos frustrados. Somos líderes.

Vasco 2 x 3 Botafogo: Unidos venceremos

Liderança. Seedorf. Botafogo.

Só nossa torcida pode unir essas três palavras.

“Junto com vocês. Unidos pelo título”, dizia a faixa exibida na nossa arquibancada no Maracanã.

Esse tem que ser o nosso lema. Afinal de contas, como diz o mais belo Hino, “Não podes perder, perder pra ninguém”.

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Unidos venceremos as partidas e também os nossos fantasmas – inclusive o nosso pessimismo, que, às vezes de forma justa e às vezes exagerada, teima em nos assombrar.

Foi um jogo estranho, imprevisível, excessivamente aberto, com pouquíssima marcação no meio de campo. E, de novo, levamos a melhor, como vem sendo os mais recentes confrontos contra o Vasco. Nossa defesa vacilou muito, Bolívar perdeu quase todas por cima, até Jefferson se complicou em saídas de bola. Cada bola alçada na área alvinegra era um deus-nos-acuda. Em compensação..

Mas lá na frente, meus amigos, o Botafogo produziu muitas chances – e desperdiçou oportunidades demais: 21 chances!!. Lodeiro, Vitinho, Rafael Marques, todos perderam gols feitos. O time cansou de cercar a grande área vascaína, sem definir a partida.

Para nossa sorte, porém, o Rafael Marques estava muito bem na partida – fez dois gols de extrema categoria. No primeiro, semelhante ao que fez nos grenás na final do Carioca, demonstrou oportunismo e precisão. No segundo gol, muita visão de jogo e qualidade técnica.

É, Oswaldo, essa a gente vai ter que engolir: de perna-de-pau, Rafael Marques agora pode ser chamado de Homem-Clássico. Marcou contra o fla, no flu e agora dois no Vasco. E é o artilheiro do time na temporada. Que história de superação. Ainda bem para nós.

Outros destaques da partida: a evolução do Vitinho, que deixou o egoísmo de lado e serviu o Seedorf para a categoria e frieza do holandês no segundo gol alvinegro, e a tranquilidade do Julio Cesar, cada vez mais dono da posição. Achei que, nesse domingo, o Marcelo Mattos foi mais eficiente na contenção do que o Gabriel. E que o Lodeiro, apesar de um gol perdido, também se mostrou mais útil ao time. E, sem medo de soar repetitivo, a experiência do Seedorf que, mesmo sem fôlego, soube segurar a bola e fazer o tempo passar nos dez minutos finais, dessa vez garantindo os três pontos. Enfim, uma vitória da união.

Como disse o técnico ao fim do jogo, tudo faz parte do mesmo pacote: Com o apoio demonstrado pela torcida nos três últimos jogos no Maracanã, os jogadores se sentem apoiados e fortalecidos. E aquele belíssimo agradecimento final, quando todo o time se reúne no meio de campo para correr de mãos dadas e saudar a torcida, é o maior símbolo dessa união.

Depois do jogo de quarta, no Independência,  é a vez de a torcida de Brasília mostrar sua força no Mané Garrincha.

Vale a pena ver o Botafogo ao vivo.

Até lá!

Achados e perdidos

Os dois jogos decisivos das finais da Taça GB comprovaram que, com as contusões de Andrezinho, Renato e Antonio Carlos, aliada à venda de Márcio Azevedo, o Oswaldo “achou” o time titular (ainda falta um centroavante, não uma piada como o Rafael Marques), utilizando a juventude de Dória e Gabriel, mais a experiência de Marcelo Mattos e Julio Cesar.

Agora que essa turma de enfermos começa a se recuperar (Antonio Carlos deve ser o primeirão a ameaçar a volta), será que o Oswaldo vai começar a perder o que encontrou e insistir com jogadores que se bancavam como titulares “apenas” pelos nomes e pelos salários?

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Se peitar os medalhões e colocá-los no banco, Oswaldo experimentará uma sensação inédita: a de ser apoiado pela torcida,que aplaudirá um time mais aguerrido, mais brigador, menos paradão, menos previsível. Ainda mais se deixar de ser tão cabeça-dura e entender que o seu pupilo Rafael Marques pode, no máximo, ser uma opção no banco. Voltará a ser convidado pelo programa “Bem Amigos”, estará nas capas dos jornais, será novamente prestigiado pela mídia.

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Caso insista com jogadores que não rendem mais o que se esperava deles, desperdiçará uma chance preciosa que lhe foi ofertada pelo destino. E esse erro vai, de novo, nos custar caro. É hora de aproveitar a Taça Rio para efetivar o time titular e prepará-lo para a decisão do Carioca e para o início da Copa do Brasil.

Você está pronto para ser corajoso, Oswaldo?

Não somos loucos. Nem desmemoriados

bangubotafogo

Peço licença para não comentar o empate chocho contra o Bangu nessa quinta-feira.
Ou melhor, comentar mais o que se ouviu na arquibancada do que se viu em campo – até porque uma coisa é reflexo da outra.
O muito que se escutou é reflexo do pouco que se jogou.
Diante do cenário de pasmaceira que permitiu ao time da casa criar bem mais chances do que o time que deveria ter mandado na partida logo nos primeiros minutos, muitos começaram a gritar em Moça Bonita: “Uh, El Loco!”, “Uh, El Loco!”. E alguns exibiram a camisa Celeste Alvinegra, que fez tanto sucesso durante a Copa do Mundo e virou símbolo da união alvinegra com o uruguayo Abreu.
Parte da imprensa criticou a atitude dos torcedores no estádio. Alguns chegaram a dizer que a torcida jogava contra o time ao ficar repetindo o nome de um jogador que saiu brigado com o atual técnico do clube.

Bem, aqui é necessário um freio de arrumação e explicar para quem não teve a paciência nem conhecimento de entender o protesto em Moça Bonita.

Os gritos de “Uh, El Loco!” significam menos a vontade de ver novamente o centroavante com a nossa camisa, e mais o desejo de ver longe o responsável pela saída do uruguayo: o sr. Oswaldo de Oliveira.

Mas, então, a torcida do Botafogo quer a saída do treinador porque ele se indispôs com um dos principais jogadores do elenco, mesmo sabendo que este jogador não parece mais capaz de jogar em alto nível, por causa da idade e das frequentes contusões?

Claro que não!

A barração e consequente afastamento do Abreu são até justificáveis do ponto de vista técnico. O que continua injustificável é o técnico Oswaldo de Oliveira ter permanecido no comando do Botafogo para a temporada 2013.

Porque ele demonstrou, por seguidas vezes no ano passado, ser incapaz de montar um time competitivo, apostando em esquemas táticos ineficazes (pra dizer o mínimo), e demonstrando pouca sagacidade (também para dizer o mínimo) na hora em que é necessário fazer alterações ao longo da partida. No Brasileirão, tomou nó tático de treinadores que ganham dez vezes menos do que ele. E a forma que nos fez cair fora da Copa do Brasil e da Sul-Americana foi igualmente vexatória.

Um novo ano começa e o time apresenta os mesmos erros de 2012, mesmo tendo mais peças à disposição. Aí vem o flashback do ano passado, ainda bem recente em nossa memória. E se descortina mais uma temporada de frustração, de chances desperdiçadas, e olha que dessa vez temos um elenco bem razoável, que pode nos levar a alguma grande alegria, caso seja bem preparado e capitaneado.

O grito de “Uh, El Loco!” tem um sentido primordial: lembrar de um jogador que fez mais pelo Botafogo do que o Oswaldo. O técnico ainda está devendo – e muito. É como se a exclamação significasse uma mensagem para a diretoria e um lembrete para o treinador – “esse cara que foi embora fez mais por nós do que você, então trabalhe para reverter essa desvantagem”.

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Não somos loucos de querer de volta o Abreu para que ele seja a estrela solitária do Botafogo 2013 – para isso, já estamos muito bem servidos, com um certo Clarence Seedorf.

Mas somos doidos para dar um ultimato ao Oswaldo: ou ele acerta o time, rapidinho, e nos dá resultados efetivos… ou ele vai embora e para de nos atormentar com sua empáfia desprovida de competência.

E, claro, estamos loucos para que o Oswaldo nos convença da sua capacidade e, DEPOIS DE UMA GRANDE CONQUISTA, venha a público arrotar sua superioridade, na linha zagallina do “Vocês vão ter que me engolir”.

Não torcemos contra você, Oswaldo; nem exclusivamente a favor do Loco. Você e parte da imprensa podem não acreditar, mas, apesar de você, nós sempre torcemos a favor do Botafogo.

Fotos: Lancenet!

PS I: Por motivos de força maior, o blog passará a ser atualizado com menos assiduidade durante o Campeonato Carioca. Não vai dar, por exemplo, pra comentar o clássico de domingo. Mas, toda vez que houver um fato importante, a gente aparece por aqui para comentar o assunto, combinado?

PS II: Este post foi escrito sem a utilização do nome Rafael Marques. Não foi necessário apelar.

“Botafoguense é assim, ciclotímico”

Texto irrepreensível do cronista alvinegro Arthur Dapieve, publicado na edição de ontem de  O Globo. Eu assino embaixo:

***

O ano Seedorf

Eis o que aconteceu no futebol em 2012: o Fluminense foi campeão carioca e brasileiro; o Palmeiras, da Copa do Brasil; o Corinthians, da Libertadores das Américas. Parabéns a todos. Agora, ao que me interessa: o Botafogo. Escrever sobre ele ao final de cada temporada é um ato de resistência ao oba-oba criado em torno dos clubes que concentram quase metade dos torcedores do país: Flamengo, Corinthians e São Paulo.

Democracia não é apenas dar espaço à maioria, lembro, mas também respeitar as minorias. Se você faz parte de uma minoria (como a torcida do Fluminense) e seu clube não conquistou dois títulos nacionais nos últimos três anos (diferentemente do guerreiro tricolor das Laranjeiras), entende o que digo. Se você faz parte de uma minoria cujo último título nacional é de 1995, vive o que digo. Não escrevo, porém, para me queixar.

O rótulo de “time do chororô” que querem nos colar segue a lógica do bullying: “Seja assaltado e não ouse prestar queixa, maricas.” Na boa entrevista a Arnaldo Bloch, no GLOBO de domingo passado, Clarence Seedorf disse: “Quem chora tem coragem, e um atleta deve descarregar a sua dor. O Botafogo foi um dos grandes produtores de talentos de uma geração de seleções que ganhou muitos títulos mundiais. É um patrimônio brasileiro importante e não merece ser tratado dessa maneira e nem se tratar mal a si próprio. Os jornalistas botafoguenses não são nada bonzinhos com o time.”

Concordo integralmente com o craque. Inclusive que somos chatos pra cacete, porque já nascemos sabendo das glórias que ele mesmo menciona. Em homenagem a Seedorf, então, hoje vou alistar os pontos positivos do nosso 2012, que acabou semanas atrás. Vou contar até dez para não mencionar a fragilidade do sistema defensivo, a carência de laterais, a falta de opções no ataque, a displicência da equipe na hora H, a profusão de gols tomados nos últimos minutos, o técnico refém da própria teimosia … Não, não vou mencionar nada disso.

O primeiro ponto positivo, naturalmente, foi a contratação do próprio Seedorf. Não só pela classe demonstrada nos gramados por este que é “um dos maiores meio-campistas da História” (palavras insuspeitas de Júnior, ex-jogador e comentarista da Rede Globo), mas também pelo nível de profissionalismo que o holandês trouxe para General Severiano e para todo o futebol brasileiro. Agora, a garotada boleira tem outro modelo a seguir além do baladeiro que torra o seu talento em mulher e cachaça. Um craque veterano que não fuma, não bebe, dorme cedo e tem barriga de tanquinho.

É fascinante como Seedorf faz o futebol parecer um troço fácil, ao solucionar problemas numa fração de segundo, com passes ou arremates lúcidos e elegantes. Se dizemos que jogador ruim complica um lance, podemos dizer que craque descomplica o jogo. Fora dele, atrai atenção para o clube que defende. Semana passada, especulando sobre os possíveis destinos de David Beckham, o tabloide londrino “The Sun” pôs o Botafogo entre eles. Não é verdade, claro, mas importa é que, graças a Seedorf, o clube voltou a fazer parte do mapa-múndi do futebol. Falta confirmar em campo.

O segundo ponto positivo no ano alvinegro, ponto que eu coloco quase no mesmo nível da vinda de Seedorf do Milan, foi a contratação de Nicolás Lodeiro ao Ajax. Ela desmentiu o papo de que o Brasil seria destino apenas para estrangeiros em fim de carreira. Se o holandês tem 36 anos, o uruguaio tem 23. Eleito melhor jogador do Mundial Sub-20 de 2009, ele ainda é um jogador em construção. Muito habilidoso e veloz, movimenta-se bem pelas pontas e, como não foge aos seus, luta o tempo todo.

O terceiro ponto positivo é que, pela primeira vez em uma ou duas décadas de descaso, o Botafogo revelou jogadores capazes de subir da base ao time principal com qualidade técnica e identificação alvinegra (e isso faz uma diferença danada): Dória, Gabriel, Jadson, Lucas Zen, Cidinho, Sassá, Vitinho, o goleiro Renan… Se se resolver a confusão jurídica que impede o artilheiro Bruno Mendes, de 18 anos, de exercer sua profissão no Rio, e mantido Lodeiro, já há uma espinha dorsal para o futuro imediato.

Justiça seja feita, esse mérito deve ser dividido entre a diretoria, que nutriu os garotos, e o técnico Oswaldo de Oliveira, que os escalou. Assim, ele se redimiu em parte de suas estranhas indicações para contratação: só Fellype Gabriel aprovou, e com ressalvas; Rafael Marques nem foi escalado à vera; e Vítor Júnior se perdeu na noite.

Quanto à permanência do próprio Oswaldo no comando da equipe em 2013, tenho sentimentos contraditórios. Parte de mim acha o seu trabalho tão ruim que o técnico deveria voltar para o Japão, parte de mim acha o seu trabalho tão bom que o técnico merecia uma chance na seleção. Botafoguense é assim, ciclotímico.

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Botafogo 2 x 3 Atlético-MG: Incompetência e arrogância

A única possível relevância na partida disputada nesse domingo no Engenhão foi a de mostrar, mais uma vez, que Oswaldo de Oliveira não pode treinar o Botafogo na temporada de 2013.

O time que “comanda” perdeu em casa, de virada, e com um homem a mais desde os 25minutos do 2o tempo. Como ocorreu em inúmeras partidas do Brasileirão, Oswaldo foi facilmente superado pelo técnico no outro banco – no caso, o Cuca. E, pior, ao fim do jogo, colocou a culpa nos jogadores, como se ele não tivesse contribuído para o fracasso, ao não mexer no time na hora necessária.

Começar o ano com um técnico extremamente desgastado com a torcida por causa de seguidas demonstrações de incompetência e arrogância é, além de improdutivo, muito perigoso.

  Que a diretoria se ilumine e evite, logo agora, um início sombrio de 2013.

Da minha parte, com a escassez de bons nomes disponíveis no mercado (em especial para o que o Botafogo pode pagar), eu tentaria o Marcelo de Oliveira. Mesmo com o insucesso no Vasco, ele mostrou que pode fazer um trabalho sério, em especial de médio prazo, e acredito que ele teria condições de montar um time competitivo para o Brasileirão. E já teria uma grande vantagem, logo de cara: nos livraríamos da empáfia do Oswaldo. 

  

Botafogo 4 x 0 Atlético-GO: As duas faces da goleada

Golear é bom.

Golear jogando em casa, com apoio da torcida e de forma inapelável, é melhor ainda.

Golear um time rubronegro, então, sempre faz bem.

Golear com gols de quatro meninos – Dória, Gabriel, Bruno Mendes e SEEDORF – é motivo de mais e mais sorrisos. Pois eles, junto com Jadson, foram o que de melhor aconteceu com o Botafogo em 2012. Eles encarnam o mais glorioso espírito alvinegro. Eles são o nosso futuro.

Só que a goleada carrega uma má notícia, e não estou falando da contusão do Seedorf. Nem das vitórias do São Paulo e do Inter – essa vaga da Libertadores já foi embora há muito tempo.

A má notícia é que a sequência de bons resultados vai cacifar o Oswaldo, e ele deve permanecer no comando do time no ano que vem. Logo ele, o homem que tomou seguidos nós táticos de colegas bem menos remunerados e, que entre outros equívocos monumentais, indicou e insistiu com o Rafael Marques, o atacante que não faz gols – e que agora sequer fica no banco.

Feliz ou infelizmente, 2013 promete.

E que a diretoria faça de tudo para não perder o Bruno Mendes, nosso centroavante sorridente. É forçoso reconhecer que, a cada gol do jovem atacante, será menos necessário contar com a volta do Loco Abreu para ter uma referência com técnica e oportunismo lá na frente.

PS: Eis que chega, via SMS, uma mensagem do Pereirão que compartilho com todos os alvinegros: “Acabo de ver a imagem da saída de campo do Seedorf, chorando como se estivesse começando sua carreira. Que cena marcante, a emoção de um craque com 36 anos ao chorar porque uma contusão o tira de campo! Que isso sirva de exemplo para os meninos, tipo Neymar, que vivem simulando lesões e cavando pênaltis.. Na goleada de 4×0, acho que o choro autêntico de Seedorf foi o lance mais importante do jogo!”

PS II: Pereirão, em outra mensagem, destaca: “Faltou destacar o gol do menino Gabriel, que levou a bola de uma área a outra, depois de receber a bola do Jefferson. Que golaço!”

Grenás 1 x 0 Botafogo: A derrota de Seedorf

Não, essa não foi mais uma derrota do time do incompetente, bravateiro e patético Oswaldo de Oliveira, do time sem centroavantes, do time que cria chances mas não sabe as aproveitar, do time que vacila na hora que não pode vacilar, do time que não tem alternativas no banco, do time cujo técnico manda contratar um centroavante no outro lado do mundo e este “reforço” só entra aos 40minutos do 2o tempo, do time cujo treinador reclamou do excesso de jogos e quando teve uma sequência de tempo para treinar e jogou apenas no fim de semana tudo que conseguiu conquistar um mísero ponto, do time que padece pela inconstância do rendimento de Andrezinho e Fellype Gabryell, do time que não pode ter um lateral sem nenhum senso de marcação como é Márcio Azevedo, do time cuja diretoria não sabe montar elenco mas faz um marketing que é uma beleza (certamente está no G4 e vai conseguir uma vaga na Libertadores de feijoadas pelo Brasil), do time que parece ter esquecido o que é necessário para vencer um clássico, do time que não disputa mais nada esse ano.

Não, esse tipo de derrota já aconteceu outras vezes ao longo do campeonato. Muitas, muitas vezes.

Dessa vez, a derrota foi do maior reforço dos últimos tempos a vestir a camisa com a estrela solitária.

Seedorf sucumbiu.

Ele bem que se esforçou: no primeiro tempo, deu passes açucarados, abriu espaços preciosos, chamou o time para avançar e não dar oportunidades para o rival, peitou o juiz. Mas todo o seu talento logo foi confinado, quando o adversário dobrou a marcação, e desperdiçado pelos colegas improdutivos.

No segundo tempo, quando vi Seedorf  – cercado por três oponentes – tentando resolver sozinho uma jogada e saindo com bola e tudo pela lateral, percebi que o apequenamento desse Botafogo atingiu também o holandês.

Logo ele, que fez o que deveria ser feito ao longo da semana, ao cobrar mais empenho de seus colegas. Logo ele, o único nome de nosso elenco que ainda desperta respeito nos outros times. Logo ele, que nos conduziu a vitórias tão garbosas como aquela em cima do Cruzeiro no Independência.

Em 2012, Seedorf foi derrotado pelo Botafogo. Sua irritação é visível – ele esperava mais, como todos nós merecíamos mais.

Feliz 2013, alvinegros.

Com um grupo de jogadores, uma comissão técnica e uma diretoria à altura do empenho, da técnica e das conquistas de Clarence Seedorf.

Foto: Lancenet!

Ponte Preta 0 x 0 Botafogo: Conjunto vazio

Botafogo sem Seedorf: dois empates consecutivos.

Sem o holandês, o Botafogo é um imenso conjunto vazio. Impressiona não só como Andrezinho cai de produção, mas como Fellype Gabryell e Lodeiro ficam devendo. O uruguaio, então, teve duas chances de brilhar – e pouco fez.

Time que deseja, de verdade, uma vaga na Libertadores tem que ganhar da Ponte Preta ao menos UMA VEZ na competição. Perdemos em casa, empatamos na casa deles. É muito pouco.

Depois de um primeiro tempo absolutamente medíocre, o time teve lampejos na segunda etapa – mas, mesmo assim, não foi suficiente para vencer a partida, por causa da incompetência do atacante Rafael Marques que, sem ironias, até se movimenta bem e tem boa visão fora da área. Mas, dentro dela, na hora de concluir (e, geralmente, atacantes são contratados para efetuar conclusões certeiras), Rafael Marques é uma lástima.

Com Marcio Azevedo, RM foi o pior da partida.

O melhor, ou o menos ruim? Jadson e, em seguida, Gabriel. Esses dois jogadores, mais o Dória, são as melhores novidades de 2012. Dória andou se enrolando no primeiro tempo,mas depois se recuperou. Lucas, muito tímido. E Oswaldo, bem o Oswaldo queria o empate, tanto que mandou a campo o Amaral aos 40minutos do 2o tempo.

Que Seedorf esteja em plena forma no jogo contra o Corinthians.

Vamos precisar muito dele.

 

Atlético-MG 3 x 2 Botafogo: Não foi suficiente

Estive lá no Independência vendo um jogo recentemente e posso dizer: enfrentar aquele estádio lotado é só para os fortes.

O Galo transformou o estádio administrado pelo América em uma Bombonera. Se for campeão, tem que colocar uma foto do Independência no pôster.

O Botafogo, então, fez a parte mais difícil do dever de casa: suportou a pressão inicial, equilibrou o jogo e, apesar da defesa exposta, conseguiu abrir o marcador.

Aí era essencial virar o primeiro tempo com a vantagem no marcador, pra jogar a pressão todinha pra o outro lado.

Só que o destino nos aprontou uma peça, ao tirar Marcio Azevedo e colocar o Lima em campo. Foi justamente em uma bola perdida pelo lateral reserva que começou a jogada do empate do Galo. E o que o acaso iniciou a zaga fez questão de terminar, ao falhar calamitosamente em três gols do alvinegro mineiro.

Aqui, um parêntese: Nenhum time disputa vaga na Libertadores sem uma zaga confiável. Vejam o número de gols tomados por vasco, flu, Galo e Grêmio. E comparem com a nossa defesa.

Voltando a falar do jogo: empate no placar, intervalo. E o Cuca acerta o adversário, bloqueando os avanços do Seedorf e fazendo sua marcação (muitas vezes, com violência) sumir com o Lodeiro da partida até o uruguayo ser substituído. Só deu Galo – que desempatou e só não ampliou porque o Jefferson, jogando de líbero, foi nosso zagueiro mais confiável.

Amaral, limitadíssimo, assistiu RG10 jogar e Jadson, depois de um bom primeiro tempo, também não se encontrou. Quando era muito mais provável um terceiro gol do Galo, eis que Rafael Marques consegue boa jogada na área e sofre pênalti, bem cobrado pelo Andrezinho. 2×2 no placar. E o que o Botafogo fez?

Falhou de novo. E quando não era mais permitido falhar.

Perdeu uma bola no ataque, quando Elkeson e RM se enrolaram e, em vez de rolar a bola par ao Seedorf, permitiram um rápido contraataque atleticano. Mais uma falha do Lima e Neto Berola, atacante que saiu do banco (sim, o Galo tem atacantes no campo e no banco), fez um belo gol. Castigo para o bom primeiro tempo que o Botafogo fez, mas um resultado mais condizente com a segunda etapa.

Dessa vez, nem vou botar a culpa toda no Oswaldo (apesar de ele, de novo, ter demorado demais para mexer e não ter tido coragem até agora de barrar AC ou Fábio Ferreira) . As falhas da defesa e a inoperância do ataque devem ser debitadas à diretoria, que não fornece peças para o treinador. E, num jogo tão pegado como esse no Independência, essas falhas de planejamento fizeram diferença no resultado final.

Por fim, deixo vocês com uma reflexão pertinente do Seedorf, de novo nosso jogador mais lúcido e mais perigoso:

“Acho que fizemos um ótimo jogo, mas precisávamos ter mais atenção. A gente toma gols muito bobos. Acaba complicando a vida. Quando se faz dois gols fora de casa, contra o líder, deveria ser suficiente”

Como discordar?

Portuguesa 1 x 1 Botafogo: Ok, você venceu

Ok, Oswaldo, você venceu.

Ao barrar o Seedorf e deixar o holandês assistindo no banco a uma pelada no Canindé, você conseguiu tirar o meu último motivo concreto para torcer por um time tão desorganizado, inoperante, inofensivo, irritante.

Agora que não tenho mais nem a garantia que o holandês vai jogar, a minha motivação para assistir a um jogo desse Botafogo que você armou é praticamente nula. Vai ainda na base da camisa, da tradição, do retrato na parede, na esperança tênue de reviver uma mística que há muito não nos visita, que os deuses venham a nos revisitar. Eu esperava, enfim, que, com a chegada do mais importante reforço dos últimos anos, pudesse assistir à seedorfização do Botafogo.

Não, o que tenho visto é a banalização do Seedorf, a mediocrização da mais bela das camisas do futebol brasileiro, o apequenamento de um time glorioso.

Chega.

Só uma pergunta final, Oswaldo: Nesse domingo, no Canindé, não havia pressão da torcida. Por que você não entrou em campo com o atacante que você indicou? Pobre Rafael Marques, o único cara que deveria confiar nele demonstrou que também não confia nele.

Pobre de nós.

Pobre Botafogo.

Botafogo 1 x 2 Palmeiras: Dois barcos

Por mim, encomendava dois barcos para zarparem o mais rápido possível da sede do Mourisco: em um deles, Oswaldo Oliveira & Rafael Marques, treinador & pupilo. Na outra embarcação, a ridícula dupla de zaga, Antonio Carlos & Fabio Ferreira, que novamente falhou nesse lamentável jogo no Engenhão.

Ora, de nada adianta criar tantas oportunidades se não há atacantes para aproveitá-las. Ainda mais quando se sabe que a zaga vai entregar, em algum momento ela sempre entrega.

Não vou entrar nos pormenores da partida. Não dessa vez. Quem não viu o que aconteceu, pode imaginar. Mas gostaria de levantar alguns pontos:

* Quando Marcio Azevedo é nossa principal arma ofensiva, há algo errado.

* Quando Renato passa a se omitir ao longo das partidas, sem confiança nem para dividir uma bola na área adversária e nem marca nem arma, há algo bem errado.

* Quando Rafael Marques, o atacante indicado pelo treinador, só entra no segundo tempo, há algo muito errado.

* Quando a diretoria monta um time sem atacantes para disputar uma competição fortíssima como o Brasileirão, há algo profundamente errado.

* Quando a melhor chance do primeiro tempo cai nos pés do zagueiro pela inexistência de atacantes, há algo tremendamente errado.

* Quando um centroavante adversário faz quatro gols em uma semana no nosso time, há algo extremamente errado.

* Quando um time não consegue exercer o seu mando de campo em mais da metade dos jogos que fez em casa, há algo muitíssimo errado.

* Quando, enfim, a gente só pode vibrar com o gesto do Loco Abreu, respondendo à altura a provocação da mulambada mostrando o escudo glorioso, e esse jogador não está mais no nosso elenco, há algo escandalosamente errado.

* Há, portanto, uma série de erros. Oswaldo é apenas o mais visível deles.