Foi um jogo bem mais fraco do que o clássico contra o fluminense. O adversário foi melhor no primeiro tempo, e o Botafogo pouquíssimo criou por conta das atuações apagadas de Somália, Cajá e Herrera. Pior: mesmo sendo a única opção no apoio, Márcio Azevedo deixava buracos lá atrás e o Léo Moura por ali se criou com facilidade. Mas a verdade é que o placar merecido era um 0 x 0, pois o Mancha cumpriu com surpreendente eficiência a função ingrata de marcar o Gaúcho. E Jefferson, de novo, fazendo milagres – esse é um capítulo à parte que merece um comentário nos próximos dias.
No segundo tempo, a entrada de Everton no lugar do Azevedo transformou o Botafogo. Em duas jogadas, saiu o primeiro gol alvinegro – um golaço, diga-se de passagem, do Loco Abreu.
E foi o Loco que comandou a reação do time, deixando o Botafogo muito superior durante quase toda a segunda etapa. Problema: Herrera continuou sem acertar um lance e Caio não fez nada no pouco tempo que entrou.
Só que os problemas voltaram quando o Luxemburgo tirou o Deivid pra colocar o Negueba – e o reserva rubro-negro, meus caros, ganhou TODAS do Arévalo. Se tivéssemos o Marcelo Mattos em campo, e mesmo o Bruno Tiago, acho que a história do jogo seria outra.
Aí fomos para os pênaltis e a incompetência e o nervosismo de Everton, Somália e Cajá, mais a sorte do Léo Moura, terminaram de escrever a história da semifinal da Taça Guanabara.
O que me leva a outra conclusão: a Taça Guanabara acabou, bola pra frente. Ao contrário da partida contra o fluminense, passamos sufoco e não mandamos na partida. Agora é hora de reconstruir o time. Nesse novo time, Everton tem vaga no time titular. Arévalo, infelizmente, ainda não. Somália, só no banco. E o Cajá volta a ser, no máximo, candidato à reserva do Maicosuel no Brasileirão. Joel precisa pensar num time mais ofensivo, com Everton lá na frente. E é de se pensar se o Herrera não merece passar um tempinho no banco, dando chance para o Caio ou Alex. Pra isso deveria servir a Taça Rio.
Por hora, titulares absolutos apenas Jefferson, Antônio Carlos, Marcelo Mattos e Loco Abreu. O resto pode, e deve ser testado.
Será que o Joel vai conseguir reinventar o Botafogo, já que nem na parte motivacional nem na base da sorte ele conseguiu nessa semifinal o resultado do ano passado?
Foto: Lancenet!
PS: Repararam que o Fahel nem no banco ficou?