Arquivo da categoria: herói em cada jogo

A maior defesa de Jefferson

Muito sintomático que o maior ídolo alvinegro no século 21 seja um goleiro.
Um goleiro discreto, nada midiático, sério.
Um goleiro chamado Jefferson.

Em mais de uma década no Botafogo, Jefferson defendeu pênaltis, chutes indefensáveis, cabeceios à queima-roupa, dezenas de lances que a gente só entendia o que ele fez depois de ver o replay.
Jefferson tentou ao máximo ser o que diz nosso hino: ser herói em cada jogo. Inúmeras vezes, mesmo cercado por incompetência e displicência, ele conseguiu.
Em momentos de intensa fragilidade financeira, técnica e até emocional, Jefferson era a estrela solitária a defender a grandeza do Botafogo e a iluminar uma esperança de futuro.
jeff2010
Foi o que conseguiu ao pegar o pênalti de Adriano em 2010: Loco Abreu já havia feito a sua parte, mas faltava alguém segurar o resultado, garantir o título depois de três derrotas consecutivas na final do Carioca (que, pelo grito atravessado na garganta, foi muito mais do que uma decisão estadual).
Mas aquela não foi a maior defesa do nosso goleiro: ao longo de sua carreira no alvinegro, Jefferson nos defendeu de humilhações, da mediocridade, da indigência, da irrelevância. Permaneceu em General Severiano quando estava mais valorizado, titular da Seleção Brasileira, e no momento mais difícil do time, rebaixado para a Série B.
Poderia ter ido embora, seria compreensível, ainda mais sabendo da dívida milionária do clube com o jogador. Mas ele ficou. Para defender a nossa relevância e o entusiasmo de uma nova geração de alvinegros. Para ser o guardião da Estrela que, enfim, voltou a brilhar.
Sua trajetória e seu exemplo, Jefferson, não se encerram em 2018. Continuam com a gente. E vão, por muito tempo, por tempos eternos, nos conduzir. Como fizeram os grandes ídolos do século 20. Garrincha, Nilton Santos, Didi, Amarildo, Heleno de Freitas, Jairzinho, Túlio Maravilha… Agora você está entre eles. Com todo respeito ao Manga, você é o número 1 desse timaço.
Tu és Glorioso, Jefferson.

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O passado, o presente e o futuro

novosevelhosidolos

 

Uma imagem bem representativa da festa de 109 anos do futebol do Botafogo. Excelente a iniciativa de juntar, na mesma mesa, ídolos antigos como Jairzinho, Amarildo, Zagalo e Maurício com promessas como Vitinho, Gilberto e Alex.

Parabéns, Botafogo!

 

 

Uma data muito especial

niltonsantos

Hoje ele faz 88 anos.

Parabéns, Nilton Santos, mais do que um jogador, um craque.

Mais do que um ídolo, um exemplo.

Mais do que um exemplo, uma Enciclopédia do futebol.

Nilton Santos: O homem que ilumina a Estrela.

 

Como se fuera una pachanga de barrio: Locomania!

O jornal El Espectador, de Montevideu, festeja. “Todo el mundo habla del notable triunfo de Uruguay” é uma de suas manchetes. Destaca como a imprensa internacional repercutiu a épica vitória do Uruguay. E no Marca da Espanha a manchete foi dedicada ao jogador do Botafogo: “Abreu – Bendita Locura”. Confira, abaixo, como o jornalista espanhol Manuel Malagón descreveu o lance da cobrança – não me atreverei a traduzir para preservar a inspiração do texto original.

“Toda la emoción que se le puede pedir a un partido de cuartos de final de un Mundial se condensó en los últimos diez minutos del Uruguay-Ghana. En ese tiempo, Ghana tuvo en su mano el pase a semifinales con un penalti en el descuento de la prórroga que falló Gyan. Después, ya en la tanda, el propio Gyan volvió a lanzar y acertó por la escuadra. De nada sirvió, porque Ghana falló dos penaltis y Uruguay uno. Muslera puso la clasificación muy cerca de los charrúas con dos paradas en la tanda, y Abreu puso la guinda con un lanzamiento que se recordará durante mucho tiempo. El ‘loco’ hizo honor a su apodo al lanzar el penalti decisivo a lo Panenka, como si aquello fuera una pachanga de barrio. Pero eran unos cuartos de final de un Mundial y la bicampeona del Mundo estará entre los cuatro mejores del torneo 40 años después”.

Já o Olé, da Argentina, assim descreveu o lance:

“¿Será una exageración afirmar que todos sabían que Abreu iba a picar el último penal, menos los ghaneses? Fue otra muestra de insanidad del Loco más loco de este Mundial. Casi no había tocado la pelota desde que entró. Pero el destino le guardó un capítulo enorme. Lo pateó a lo Zidane en la final de 2006, aunque el recuerdo del cabezazo de Zizou haya tapado semejante genialidad. Picala y que no vuelva. Lo de Uruguay no rozó el milagro: directamente se zambulló de cuerpo entero en un final épico, inolvidable”.

Braços abertos, olhos fechados. A alegria do vencedor. Lembram dessa comemoração?
Só faltou o Somália do lado e o Edno pedindo para ele dançar o rebolation…
Valeu, Loco! E valeu ainda mais por dedicar o pênalti à torcida do Botafogo, pra quem mandou um abraço forte no SporTV!
Fotos 1 e 2: Marcelo Singer/Jornal El Espectador/Uruguay

figueirense 1 x 2 Botafogo: Herói em cada jogo

                     Precisa explicar o porquê da escolha do Túlio?

                     

Atlético-PR 0 x 3 Botafogo: Herói em cada jogo – JH

                  

Diguinho jogou muito, Lúcio Flávio também foi muito bem (salvo engano, foi ele que fez o lançamento primoroso do segundo gol), idem Túlio, Thiaguinho e outros.

Mas o radinho de pilha destinado pelo Fogo Eterno ao Herói Em Cada Jogo vai para o Jorge Henrique pendurar no berço do bebê que vem por aí – daí a comemoração “grávida”.

Que partidaça!

Sozinho, ele simplesmente desmontou a defesa adversária com dribles secos e muita, mas muita velocidade. E mais: fez um golaço como há tempos devia, além de ter servido o Gil que desperdiçou uma chance mais clara do que a convertida pelo Jorge no segundo tempo.

Um jogador, como diriam os mais experientes, insinuante. E, por isso, ganha a eleição do Herói do Jogo.

É o tal negócio: quando Diguinho, Túlio, Lúcio Flávio e Jorge Henrique jogam bem, eles fazem a diferença – pela capacidade diferenciada, acima da média, que os quatro têm de destruir e construir jogadas.

Salve, Jorge!

 

P.S: Ainda sobre a rodada desse domingo: Não que eu tenha mais nada a ver com isso, até porque, dos rivais, é o que menos me causa urticária, mas o vasco conseguiu perder para o Cuca e para o André Lima. Que coisa…

 

 

Botafogo 2 x 0 Goiás: Que maravilha, Túlio!

                          

Mais uma vez, não pude acompanhar toda a partida por motivos profissionais. Então, a crônica do jogo ficará por conta do mesmo colunista da semana passada – e, em mais algumas horas, vocês serão brindados com a análise do Pereirão, o comentarista da palavra abalizada.

Mas, pelo pedaço que vi no segundo tempo e, claro, pelos dois golaços, acredito que ninguém vai reclamar se eu me antecipar ao Pereirão e conceder ao Túlio o título de Herói do Jogo.

Primeiro, o registro: fui um dos primeiros a pedir que Túlio deixasse o time titular por uns tempos. Mas, em respeito a tudo que ele representa, o fiz na linha da brincadeira porque JAMAIS desejei que ele saísse do clube – ao contrário de Fábio, Felício, Fabedi e outros Fucking jogadores. Até lancei a campanha ´´Túlio, saia de férias´´. E finalizei aquele comentário com uma frase que repito agora.

Só os bons jogadores vivem má fase. Os pernas-de-pau estão sempre na mesma fase…

Pois é. Da mesma forma que pedi a saída temporária dele, também, depois que o Túlio voltou do fundo do poço, defendi a manutenção dele no time titular, porque era perceptível a melhora no seu desempenho. Ainda que ele seja eventualmente substituído no segundo tempo, ele tem voltado a fazer uma bela dupla com Diguinho – e, por enquanto, quem deve permanecer no banco é Leandro Guerreiro.  

O mais importante, porém, é que os dois gols marcados em cima de seu ex-time e diante da sua torcida vão consolidar a volta da confiança do volante alvinegro. 

Enfim, Túlio voltou a sorrir. E a torcida voltou a sorrir graças ao Túlio. Se está bom para ambas as partes alvinegras, agora só resta cantar: 

“Esse é o Túlio que eu conheço/Esse é o Túlio que eu gosto…”

P.S: Será que os gols de hoje do Engenhão podem entrar na conta do Túlio Maravilha?

Fogo 2 x 0 Sport: Herói em cada jogo

Diguinho entrou no segundo tempo e, mais uma vez, correspondeu com ótimas roubadas de bola e bom senso de colocação. E foi num desses desarmes que surpreendeu o jogador pernambucano e, rapidamente, tabelou com Jorge Henrique, ficando de cara para a meta adversária. Teve calma para driblar o goleiro e tocar para as redes.

Aliás, a jogada do segundo e decisivo gol teve a participação dos dois melhores em campo. Mas, como Diguinho está com mais moral aqui no Fogo Eterno por conta do impecável Campeonato Carioca, ele fica com o radinho de pilha que a gente destina ao melhor em campo (sempre que o Botafogo ganha, é claro, e fazia três partidas que o prêmio não era entregue a nenhum alvinegro…).

 Foto:GloboEsporte

Bota 2 x 1 Lusa: Herói em cada jogo

            

Quando joga mal, Lúcio Flávio demonstra indiferença.

Quando joga bem, Lúcio Flávio faz a diferença.

Estamos nas quartas-de-final da Copa do Brasil somente por conta dele.

Simples, assim.

Fez um gol de falta com um chute que conseguiu ser, simultaneamente, forte, colocado e com efeito.

E garantiu o segundo gol ao colocar a bola na cabeça de Fábio, em mais um lance de bola parada.

Sem contar a arrancada sensacional que deixou Jorge Henrique de cara para o gol.

Teve mais, mas já é suficiente para elegê-lo o Herói do Jogo, não?

Técnica ele tem, sempre. Mas quando LF alia a categoria a elementos como determinação e eficiência, a gente fica tão feliz que canta assim:

“Esse é o Lúcio Flávio que eu conheço

Esse é o Lúcio Flávio que eu gosto…”

 

foto:GloboEsporte.com

Herói em cada jogo: Botafogo 3 x 0 flamengo

A escolha do herói da tarde foi bem difícil.

Poderia ser Diguinho, especialmente pelo primeiro tempo, quando salvou um gol que comprometeria completamente o jogo.

Poderia ser Zé Carlos, que há tempos devia uma atuação tão eficiente. Foram deles os dois passes para os dois primeiros gols.

Poderia ser André Luiz, um xerife.

Poderia até ser Renato Silva, que anulou Souza e ganhou praticamente todas as bolas.

Poderia ser Castillo, sólido, com intervenções precisas.

Por todos esses “poderia…´´, pensando bem, o herói do jogo só pode ser o Cuca. Que soube montar um time competitivo em menos de 60 dias, recuperando jogadores que tinham caído em desgraça com a torcida (Renato Silva e Alessandro).

Resultado: o Botafogo é o único dos quatro grandes que chega às duas finais dos dois turnos do Campeonato Carioca.

Reconheço os méritos de Wanderley Luxemburgo e Muricy, mas eles têm (muito) dinheiro para trabalhar. Cuca, com o pouco que tem, conseguiu novamente armar um time forte, aplicado e competitivo.

Por isso, é o melhor treinador do Brasil do momento. 

Herói em cada jogo: River (PI) 2 x 1 Botafogo

Gostaria de ter demorado muito mais para anunciar o óbvio, mas o dia já chegou: em caso de derrotas alvinegras, este blog não escolherá o herói do jogo. No máximo, será eleito, quando merecido (o que não é o caso de hoje), o menos ruim em campo. 

Herói em cada jogo: Diguinho

A escolha foi difícil porque o Fábio Fabuloso fez o melhor trabalho de pivô desde que para isto foi designado pelo Cuca.

Mas foram a raça e a antecipação de Diguinho, que jogou por ele e Túlio Souza, que fizeram a diferença, especialmente no primeiro tempo. Ainda mais porque a zaga não estava tão segura como em outras vezes.

Diguinho, então, leva para casa o radinho de pilha!

Herói em Cada Jogo: Fácil a escolha

A cada rodada, a eleição do melhor em campo, o Herói em Cada Jogo, para citar um dos trechos mais bonitos de nosso hino: 

Wellington Paulista, claro. Como comentei em post anterior, ele não sofistica, não se preocupa em fazer gols de rara plasticidade, não se candidata a ser “o artilheiro dos gols bonitos” (sim, isso é uma indireta). Mas o garoto da Mooca sabe fazer o simples, o feijão-com-arroz: balançar as redes. E, melhor, parece ter ganho confiança e colocado o pé na forma. Mais importante: demonstra uma gana danada durante os 90 minutos da partida, para ele não tem bola perdida. Esse Paulista é brasileiro, não desiste nunca.

Rapaz tinhoso, o Wellington; ou melhor, Wellingol; ou melhor ainda, Wellingooool. Que continue assim.