Enfim, as atuações de cada um dos jogadores da final, com uma novidade: a nota máxima aumentou. Os desempenhos antológicos ganham nota 13, em homenagem à soma dos números da data do título 1+8+0+4 = 13 (muito bem sacado, Gustavo!), número da sorte do Zagallo e de um certo uruguayo que chegou carregado de desconfiança (inclusive a minha…) e já ergueu três troféus em menos de seis meses.
Jefferson – Além da segurança e frieza no pênalti do imperadô, várias saídas seguras, malandragem na hora certa e uma defesa difícilima nos últimos minutos no chute do Love com 347 jogadores à sua frente. Nota 13
Alessandro – Deixou alguns buracos em seu setor, especialmente no primeiro tempo. Por mim, nota 8. Mas como o Vieira, em estado etílico avançado, se declarou apaixonado pelo “Presidente” e o careca deu uma desarmada desconcertante no Michael na segunda etapa além de impedir o Herrera de nocautear o juiz no lance do pênalti deles, Nota 10.
Antonio Carlos – Discreto, mas seguro e bem posicionado (quase sempre). A bola que escorou para a lateral quando não havia marcador em cima é o reflexo de sua seriedade e limitação: “Não posso ficar muito tempo com a bola no pé porque sei que vou fazer m…”. Nota 7
Fahel – Não se houve bem como em jogos anteriores, mas fez de sua limitação a força que o moveu para o título (será que ele vai entender essa frase?). Nota 6
Fábio Ferreira – Um monstro. Desarmes precisos, sem faltas, e um corte salvador de uma bola que ia para dentro do gol do Jefferson. Nota 10
Somália – Demorou para encontrar o tempo da marcação, mas fez um segundo tempo excepcional. Por salvar um gol nos últimos minutos, Nota 10.
Leandro Guerreiro – Alguns bons desarmes, bom senso de colocação e nenhuma lambança decisiva. Foi premiado pelo Destino. Pelo jogo desse domingo, Nota 7. Pelo Guerreiro dos anos anteriores, Nota 9. Média: Nota 8
Túlio Souza – Um bom primeiro tempo. Depois cansou, mas lutou o quanto pôde. Nota 7
R.Cajá – A boa surpresa, especialmente na primeira parte do primeiro tempo – foi graças à ele que o Botafogo, ao contrário da partida contra os grenás, colocou a bola no chão e foi melhor que o adversário. Mas depois a língua estirou, passou a errar passes e cobranças. Foi um peso morto na segunda etapa até ser substituído. Nota 7,5
Herrera – Seu jeito “diabo da tasmãnia” de acreditar em TODAS as bolas inferniza o adversário, contagia os colegas e ressoa na torcida. Fez um dos gols do título e foi o jogador mais regular do campeonato. Mesmo com a expulsão por excesso de vontade, Nota 13
Abreu – Fibra de vencedor, inteligência muito acima da média e liderança absoluta. E olha que a bola simplesmente não chegou na sua cabeça – a turma errou cruzamentos de forma inacreditável. A forma que bateu o pênalti, humilhando o jogador-símbolo do adversário e que tantas vezes defendeu cobranças em momentos decisivos, será lembrada por todos os botafoguenses – foi o drible do Maicosuel na Juanita versão 2010, só que dessa vez o lance foi decisivo para o título. Nota 13
Caio – Perdeu um gol feito que não se perde em decisão, por excesso de entusiasmo. Mas conseguiu prender a bola nos momentos certos e, mesmo sem marcar, deu importante contribuição para o título. Nota 9
Edno – Tentou prender a bola no ataque, mas sem muito resultado. Ainda deve uma grande atuação. Nota 7
Joel – Conseguiu ser campeão e, com exceção do irrecuperável Eduardo, ainda apostando no Fahel, Alessandro e companhia. O time jogou bem mais do que na partida passada. Tem uma estrela do tamanho da que brilha em General Severiano. Nota 13
Lúcio Flávio – Esse, sim, o nosso talismã. Fora da final, prestou entrevistas esclarecedoras, participou de campanhas beneficentes, cumpriu inúmeros compromissos. Sempre de forma bem articulada, ponderada e equilibrada, como é de seu feitio. Por seu desempenho fora de campo, Nota 10.
PS: Um recado para o Maicosuel: Esse título também é seu. Pode pedir uma faixa aí na Alemanha que a gente manda te entregar.