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Me dá o jornal do campeão, por favor…

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Algumas das primeiras páginas dos jornais dessa segunda-feira.

A foto da capa de O Globo é de arrepiar, não?

A paz invadiu o coração do Vieira!

Acabei de comprar os ingressos da família no Fogão Shop, na Asa Sul, para o jogão de quinta-feira com o d.pedro lá no Bezerrão, no Gama, aqui no Distrito Federal.

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Na fila, torcedores com o semblante de paz interior… paz essa roubada por um juiz medíocre que marcou aquele pênalti em 2007, e agora recuperada… paz essa de quem viu 72 mil botafoguenses iluminarem o Maracanã como nos velhos tempos… paz essa de uma torcida renovada: crianças, mulheres e jovens alvinegros.

Confesso que o meu orgulho de ser botafoguense vem dessa torcida e não dos onze que vestem essa camisa atualmente (muitos ainda não sabem o que é o Botafogo, acham que é apenas um time grande do Rio, o que não é…).

É uma nação  (com “ç”, e não “ss”) espalhada nos quatro cantos do país e vamos provar na quinta-feira, como provamos em 2007 naquele espetáculo contra o atlético paranaense (2×0)…

Parabéns, torcedor alvinegro…

Vieira 

Botafogo 3 x 0 resende: Eu me rendo

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Quando acabou o jogo, o Pereirinha se aproximou e, com um sorriso radiante, me lembrou:

– Tá vendo, o Ney respondeu à sua pergunta. Ele sabe atacar!

Eu ainda não estou convencido, mas sei de uma coisa: a estrela do Ney brilha nos momentos decisivos.  E, se ele está conosco e faz a nossa estrela se destacar ainda mais, não posso ficar contra o inventor do ferrolho mineiro.

Porque nesse domingo o Ney acertou em parte da escalação, ao manter o esquema de três zagueiros e tirar um dos volantes. Mas, na teoria, errou ao insistir no Lucazzzilva que, nos primeiros 45 minutos, foi espectador privilegiado da linda festa da torcida alvinegra – de dentro de campo, fica mais fácil assistir ao espetáculo. Pena que tem que jogar também.

E quando o Lucazzzilva caminhava para receber uma imensa vaia ao ser substituído, a estrela do Ney brilhou. E a enfiada precisa do Juninho encontrou o mexican boy livre de marcação – o cara acordou, e como se craque fosse, fez um golaço, digno de apoiadores de passos largos e elegantes, como Sócrates e Giovanni (aquele do Santos). Para mim, este gol, mais a defesaça do Renan minutos antes numa cabeçada à queima-roupa, resultado de uma falha clamorosa de marcação da zaga (alô, Juninho! Foi nas suas costas, capitão!) definiram o resultado da partida logo no início do segundo tempo.

E a primeira etapa, como é que foi?

Bem, foi de sentir muita saudade do Victor Simões. Pois, com um finalizador eficiente, a gente já teria definido o resultado antes de virar para o intervalo. O Reinaldo perdeu um gol ao deixar a bola passar pelo meio das pernas, após uma jogada incrível do Maicosuel – aliás, o nosso camisa 10 foi o grande destaque individual da partida, jogando de forma destemida e, ainda que abusando da individualidade em alguns lances, fazendo a diferença.

Como deve ser, sempre, um camisa 10 do Botafogo – sim, Lúcio Flávio, essa mensagem é para você, meu caro ex-capitão.

 Com três zagueiros e uma atuação simplesmente MONSTRUOSA do Leandro Guerreiro (pronto, já deixei escapar minha outra nota dez…) nos desarmes, sem deixar os ligeirinhos do Resende se criar no campo alvinegro, o Botafogo sobrou em campo.

Fez a coisa certa. Mostrou sua superioridade técnica e tática, deixando o Resende perdido em sua pequenez.

Na segunda etapa, após o golaço do Lucazzzilva e da defesaça do Renan, as coisas se acalmaram. As substituições do Ney foram acertadas – e as entradas do Jean Carioca (sempre perigoso) e Léo Silva (muito seguro, e finalizando com perigo) garantiram com tranquilidade o resultado final.

Enfim, não temos apenas a Taça Guanabara 2009. Temos um time a caminho, que, com a contratação de um lateral-esquerdo de ofício (talvez até dois), mais um goleiro para reserva do Renan (sinceramente, acho que o Castillo não tem mais condições de barrar o Jovem Obama), pode dar caldo ao longo do ano.

Para quem não tinha sequer onze titulares no início do ano, é hora de comemorar.

E, sem medo de ser feliz nem de ser contraditório, eu abro meu coração e declaro:

– Parabéns, Ney Franco. Parabéns, presidente Maurício Assumpção. Parabéns a todos os jogadores. E, acima de tudo, parabéns torcida alvinegra, pela belíssima e inesquecível festa no Maracanã.

 

Assim eles se tornaram campeões da Taça Guanabara 2009:

Renan – Uma defesa dificílima numa cabeçada à queima-roupa em momento crucial do jogo. Nota 8

Alessandro – Apoiou com mais eficiência durante toda a partida. Mas é burrinho, burrinho… Nota 7

Thiaguinho – Não tem nem cacoete de lateral, mas tem compensado com disposição. Nota 6

Emerson – Não comprometeu de novo, o que é sempre um elogio. Nota 6

Juninho – Uma partida bem esquisita de nosso capitão: boas antecipações, deu o passe preciso para o Lucazzilva, mas falhou feio na marcação na grande chance do Resende e ainda errou de forma bisonha todos os chutes. Nota 6,5

Wellington – Sobriedade e tranquilidade, virtudes raras para um zagueiro tão jovem. Nota 7

Leandro Guerreiro – Uma partida irretocável, do nível de suas melhores atuações em 2007. Como sobrevivente dos anos anteriores, ele merecia mais do que ninguém levantar essa Taça. Nota DEZ

Fahel – Chama atenção a sua capacidade de deslocamento, mesmo quando atua de forma mais discreta, como nesse domingo. Nota 8

Maicosuel – Ele sabe usar a camisa 10. Ele recebe a nota DEZ.

Lucazzilva – O seu despertar, com um golaço, é daquelas histórias que só o futebol pode proporcionar. Pelo gol, nota 10, pelos 45 minutos, nota 1. Nota final: 5,5

Reinaldo – Um gol de oportunismo, outros chutes descalibrados, chances incríveis perdidas, tudo isso no primeiro tempo. Foi mais eficiente para o time na segunda etapa. Nota 8

Wellington Júnior – O garoto precisa amadurecer. Nota 2

Léo Silva – Ótima participação, mesmo com pouco tempo de jogo. Nota 7

Jean Carioca – Apesar de erro em finalização cara-a-cara, é um jogador que precisa ganhar mais chances, pois é rápido e objetivo: procura sempre o gol. Nota 7

Ney Franco – Como você fez o Botafogo ganhar, com sobras e méritos, a Taça Guanabara, eu me rendo. E ainda vou ter que ouvir suas músicas, Ney, já estou preparando os meus tímpanos… Nota 8

Camisa do Resende – Fala sério, quem foi o estudante da sétima série que pegou o estoque de tinta guache da sala da professora de Artes para pintar aquela maravilha estampada na frente da camisa do time? Parecia trabalho de gincana escolar! Nota ZERO.

O primeiro pôster do ano

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Na boa, longe de querer colocar em segundo plano os jogadores e a comissão técnica, mas o mais bonito dessa foto é o que está ao fundo, atrás dos jogadores.

Mais de 70 mil botafoguenses no estádio, como destacou o Pereirão.

Alguém já tinha visto o Maracanã tão bonito como nesse domingo, sem outras cores para poluir ou surrupiar a atenção?