Páginas alvinegras: O conselho do João Saldanha

” Quando João chegou ao clube, o Botafogo era treinado pelo experiente Zezé Moreira. Este, porém, estava desgastado após o fraco desempenho no campeonato de 1956, em que o time ficou apenas com o terceiro lugar. Era necessário fazer mudanças profundas também no elenco.
Nilton Santos tinha um futebol clássico, de “toques finos”, e não apelava para a violência. Jogou mais de dezessete anos e só usou duas camisas: a alvinegra do Botafogo e a amarela da Seleção. Na inteligência e serenidade de Nilton, João tinha importante apoio dentro de campo. Quando alguma situação se complicava, João pegava Nilton, subia para as arquibancadas, pedia a opinião do jogador e debatia com ele as suas.
Conhecido como a Enciclopédia do Futebol, o lateral conta que João lançou um lema: Quem não é o maior tem que ser o melhor. E saiu à caça de nomes para reforçar o plantel.”

Trecho de João Saldanha – Uma Vida em Jogo, de André Iki Siqueira (Companhia Editora Nacional, 552 páginas)

O monumental trabalho de pesquisa rendeu ao autor não só um documentário ainda não lançado em DVD, mas um livro obrigatório para quem deseja conhecer a trajetória de João Saldanha. Ilustrado com muitas fotos raras e clássicas, trata-se de uma boa dica de presente de Natal para alvinegros. E o trecho escolhido pelo FogoEterno é uma tentativa de iluminar a cabeça de nossos dirigentes nas próximas contratações, seguindo a máxima de Saldanha: Quem não é o maior tem que ser o melhor!

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