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Direito de resposta

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Na foto acima, nosso camisa 10 veste o seu uniforme número 1

 

De Lúcio Flávio, sobre a faixa desfraldada no Engenhão na última quarta-feira, que chamou ele e Juninho de amarelões:

– Para mim, quem faz uma coisa dessas não é um torcedor do Botafogo. Acho que é alguém que não está satisfeito com alguma coisa e acaba descontando desta maneira. Mas eu prefiro não deixar isso me atrapalhar…

Os torcedores que tiveram a ideia da faixa, salvo engano o Gil e o Danilo (foi o que vi no Cantinho Botafoguense, do Rodrigo Federman, e no Snoopy em Preto e Branco, do Fábio, que batizou a dupla de “Yellow Flávio e Capitão Penico”), diante de uma declaração tão infeliz, têm todo o direito de responder:

– Para nós, quem desperdiça dois pênaltis decisivos contra o maior rival e ainda se omite das partidas com indesejável frequência não pode ser chamado de jogador do Botafogo.

 

Um ato de coragem

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Um dos momentos que o Ney Franco ganhou pontos comigo em sua irregular trajetória com o Botafogo no Brasileirão do ano passado aconteceu em um clássico, salvo engano, contra o flamengo.

O técnico alvinegro, mesmo recém-chegado ao clube, ousou colocar o capitão do time no banco, por “opção tática”.

Deu certo.

Lúcio Flávio entrou no intervalo e, com disposição poucas vezes vista ao longo da temporada, fez um ótimo segundo tempo.

Pois bem, Ney, chegou a hora de repetir o gesto extremo.

Está na hora de, novamente, barrar o capitão do time.

Claro que é preciso coragem para deixar no banco um jogador tão querido pela torcida, que parece ser boa-gente, gentil, amigo da diretoria, maior salário do clube, que voltou a General Severiano para ganhar menos do que recebia no Morumbi, etc etc etc.

Mas a verdade é que, ao contrário de seus companheiros na mesma posição, Juninho não conseguiu evoluir esse ano. Pelo contrário: parece fora de forma, facilmente batido por atacantes adversários quando a jogada é na base do mano-a-mano.

Até o Emerson está menos ostensivamente frágil do que o nosso capitão.

Juninho é a mina – e é em cima dele que o Dorival Júnior vai mandar o Carlos Alberto, Pimpão, Elton e outros atacantes vascaínos.

Não se trata de uma barração definitiva – muito pelo contrário. Obviamente que o Juninho, em forma, tem maiores qualidades técnicas do que o Emerson e poderá ser muito útil no Brasileirão.

Mas ele precisa de um tempo afastado, inclusive para treinar cobranças de falta, sua antiga especialidade.

Ney, cometa um ato de ousadia: já que ainda não temos Teco, escale o que há de melhor (digo, menos pior…) e repita o time que ganhou do Resende no domingo passado, com Fahel fazendo a função de terceiro-zagueiro e Leandro Guerreiro em sua real posição.

Não vou nem mais falar do Alessandro, pois já escrevi aqui que este rapaz esforçado jamais poderia voltar a vestir a camisa alvinegra depois do que fez – e do que deixou de fazer – ao longo de todo o campeonato.

Meu apelo é outro, e bem específico.

Deixe Juninho no banco, Ney. Pelo menos no jogo contra o vasco.

Assim, ficará mais fácil ser campeão.

Coragem, Ney Franco!