Vou abrir os trabalhos por aqui cometendo uma heresia: achei essa vitória em cima do Atlético-PR tão importante quanto vencer o Corinthians. Exatamente porque uma veio logo na sequência da outra. Deu pra entender?
Tentarei me explicar melhor: o Botafogo vem alternando resultados surpreendentes com outros frustrantes diante de times de menor expressão. Nem aconteceu com tanta frequência nesse campeonato, mas o apelido de Robin Hood (como lembrou bem o Rodrigo Federman, do blog Cantinho Botafoguense) nos assombra e nos irrita de há muito tempo.
Pois bem: houve um momento em que a vocação de tirar dos fortes e entregar para os fracos tentou aterrissar no Engenhão. Foi no finalzinho do primeiro tempo, quando Paulo Baier chutou errado e, caprichosamente, o chute virou um passe perfeito para Morro García ficar cara a cara com Jefferson. Só que “o projeto de um grande goleiro” (copyright Galvão Bueno) cresceu diante do uruguaio deles e, mais uma vez, nos salvou, evitando o gol de empate.
Vantagem parcial assegurada no intervalo. E o resultado magro refletia bem o primeiro tempo, pois, depois que Antonio Carlos (o melhor em campo) subiu e marcou em mais um gol de cabeça, o Botafogo amornou a partida.
Estranhamente, diminuiu o ímpeto ofensivo – para isso, contribuíram mais uma partida fraca do Elkeson (ô Mano, dá pra devolver o jogador que você convocou?) e outra participação nula do Herrera. A verdade, meus amigos, é que o Botafogo do primeiro tempo contra o Corinthians foi muito mais incisivo e raçudo do que o de boa parte da partida contra o Atlético-PR. Faltou uma dose a mais de paixão, de t*são e de cojones – mesmo o Loco Abreu não ganhava bolas aéreas. Na segunda etapa, o time paranaense, armado de forma covarde por Antonio Lopes, resolveu se engraçar e dominar o meio-campo, graças à entrada de Cleber Santana.
Mas o pesadelo que se formava ao redor do Engenhão começou a se dissipar após as entradas de Felipe Menezzes no lugar do inoperante Herrera, de Alessandro pé-quente (nosso autêntico talismã), e de Caio. O time passou a exibir mais vontade e, com pênalti bem convertido pelo Loco, afugentou de vez a ameaça fantasma de um gol fortuito que transformaria nossa esperança em frustração.
Agora, com os seis pontos conquistados em duas partidas, ganhamos mais do que um ótimo lugar na tabela: ganhamos confiança, o time e a torcida, na parte final da competição.
Nas últimas rodadas, estamos na briga pela ponta. Há quanto tempo isso não acontecia? Não me lembro, não me lembro.
Quarta-feira é dia de decisão contra o Santos. Só tenho duas dúvidas sobre esse jogo:
1) Dá para transferir a partida da Vila Belmiro para o Pacaembu?
2) Quem entra no lugar do Renato, suspenso pelo terceiro cartão? Leandro Ávila ou Sérgio Manoel?
PS: Se não chegou a brilhar na partida, exceção ao pênalti, Loco Abreu continua mitando nas entrevistas. Entrou para a história como o primeiro jogador do futebol mundial ao citar a globalização para explicar como escolhe a forma que baterá a penalidade.
Repetindo: EU ACREDITO! Vai ser nosso.
Anônimo, Eu acredito que estamos na briga com chances reais, mas há outros times – especialmente flu e vasco – com muita força nessa reta final.
Como sempre digo: o importante é ser líder por último…
Marcelo, tem o link dessa entrevista do Loco? to curioso para ver sua opinião sobre a globalização…kkkkkkk
Também acho, Vinicius; também acho.
Não tenho o link, a entrevista foi no PFC logo depois do jogo, ele respondia o porquê de ter escolhido bater com força, no meio do gol, e esclarecia que, com a globalização, todo mundo já sabe como os cobradores batem, daí a importância de variar o estilo de cobrança. Abs e SA,