Atlético-PR 2 x 0 Botafogo: Um caso de regressão

Quarta-feira, tomamos dois gols e perdemos em casa para o líder do campeonato.

No sábado, tomamos dois gols e perdemos para o lanterna do campeonato.

Existe prova mais cabal de que o time regrediu, e muito?

O que aconteceu para o time degringolar em tão pouco tempo? Quem estava bem, piorou; de quem se esperava muito, decepcionou; e quem estava mal, ficou péssimo. Boa parte disso ocorreu porque o técnico se perdeu, trocando jogadores de forma destrambelhada e sem critério, na base da tentativa e erro – muitos erros. Aliado a esse problema, um elenco limitadíssimo, que sente falta de Cortez e Lucas Zen, até mesmo do Herrera.  Taí a receita do fracasso desse sábado. Futebol não tem tanto mistério, não precisa inventar tanto, ainda mais quando há escassez de matéria-prima.

Por exemplo: se o Alex fez um golaço no jogo com o Coritiba, por que ele não é o reserva imediato do Herrera? Não, o treinador preferiu apostar suas fichas no desconhecido Alexandre Oliveira, que correu muito, mas desperdiçou duas chances claras – uma delas quando, sozinho, cabeceou na trave. Não foi falta de sorte, foi incompetência. Já o Alex, quando entrou nos últimos minutos, conseguiu fazer um golaço e ainda arrancou uma falta que poderia ter trazido o empate. Por que diabos, então, esse jogador não entrou de primeira ou mesmo no intervalo?

Esse tipo de equívoco é que compromete, e muito, o trabalho do Caio Júnior. E fica difícil defendê-lo diante de tantas lambanças – colocar Somália no lugar do Léo, um dos poucos que jogaram com vontade e alguma técnica no primeiro tempo? Nem com 4.253 entrevistas ele conseguirá me convencer.

No mais, o que é de se lamentar são os desempenhos surpreendentementes medíocres de jogadores que seguravam a qualidade do time. Agora, além de Fábio Ferreira (que fez uma das piores partidas com a camisa alvinegra), Antonio Carlos também foi muito mal.  E Elkeson sumiu. Já Maicosuel, apesar de um pouquinho melhor no segundo tempo, continua irreconhecível, sem condições de ser titular.

E o Renato… bem, o Renato ainda não estreou.

Ah, em que pese o desempenho horroroso do time, a expulsão do Marcelo Mattos foi absurda – não era lance nem para cartão amarelo.